Política

Presença social na aprendizagem online - 1. Confinamento e a aprendizagem online a distância

 


Este tempo de covid-19 obrigou a alterações profundas nos métodos e processos de trabalhar, de ensinar e de aprender. Teletrabalho, telescola, aprendizagem online, ensino a distância e outros são conceitos que passaram a fazer parte da gíria dos mais diversos setores de atividade. Empresas e escolas depararam-se com problemas consequentes duma resolução rápida e não prevista da alteração de métodos de trabalho e de relações sociais.

O caso da educação parece ser o mais sensível e que levantou mais duvidas. Muitos consideram, e bem, que a escola são aulas presenciais e onde a socialização é enriquecida com a interação com pares e professores. Se, por um lado, esta atitude é a mais aceite em termos pedagógicos, sobretudo no que se refere a crianças que se encontram nos primeiros anos de aprendizagem, diria até ao 9º ano, em alguns casos até ao 12º., por outro lado, tem-se verificado um sentimento negativo que grande parte dos encarregados de educação, professores e alunos têm pelo ensino/aprendizagem online e a distância. O que se colocou com mais evidência foi a questão das aulas presenciais como fator imprescindível para as aprendizagens. É o fator negativo da falta de presença, ou melhor da presença social durante a aprendizagem, tema que tratarei mais adiante.

A internet fornece-nos milhares de pontos de vista, opiniões e artigos sobre as vantagens e desvantagens do ensino online, a maior parte deles escritos por quem nunca frequentou o ensino a distância e nem sequer viveu nem sabe, na prática, o que é nem como funciona essa modalidade de ensino/aprendizagem. 

Os professores que utilizem e dominem as estratégias do ensino online serão cada vez mais solicitados, quando necessário, para substituir aulas presenciais, enriquecer as aprendizagens dos seus alunos, participar num módulo ou parte de um curso da sua área de especialidade quando se encontrem distantes do local físico onde dão aulas.

Num futuro mais ou menos próximo deverão ser-lhes disponibilizadas para as suas aulas tecnologias como vídeos, apresentações e câmaras para visualizar e interagir com os alunos através videochats. Os professores irão que ter flexibilidade para se adaptarem a situações muito diferenciadas e terem sensibilidade para escolher as melhores soluções possíveis para cada momento. Apesar de algumas melhorias nos currículos dos cursos das licenciaturas de professores incluindo unidades curriculares de utilização de tecnologias o que acontece é que as licenciaturas do nosso sistema de ensino e de formação de professores estão muito direcionadas para o ensino presencial, não estando a proporcionar as necessárias competências para o ensino online numa situação de emergência como a que se viveu ainda há pouco tempo. A consequências foram as falhas e erros apontados e a rejeição por muitos da modalidade de ensino online a distância aquando do confinamento total que obrigou ao fecho das escolas e à aplicação desta modalidade em tempo record para responder à situação imediata.

A educação não se faz apenas no sentido do ensino, mas sim na simultaneidade ensino/aprendizagem para que a aprendizagem seja estimulada. Muitos professores e encarregados de educação têm uma perceção de práticas de ensino que são representações dum passado ainda recente em que um aluno deve ser um poço de receção numa ótica do magister dixit.  Preocupam-se com o tempo que os seus alunos e educandos estão frente a um computador aplicados ao estudo e à aprendizagem, mas não se preocupam com as horas que os seus educandos estão online em “outras espécies de aprendizagens” captando e assimilando subconscientemente informação que lhes vai corrompendo a personalidade, a noção de verdade e de rigor científico.

Para muitos alunos, sobretudo os adolescentes, a verdade, deixou de ser a que professores e encarregados de educação lhes conferem, passou a ser a das redes sociais que frequentam, as pessoas e “amigos” com quem interagem horas a fio nas redes e por telemóvel.

Não é raro que muitos encarregados de educação, a maior parte das vezes os pais, face a questões que os seus educandos lhes coloquem recebam respostas como “vai procurar na net” ou “vai ver ao Google”. Causa-lhes impressão a presença dos seus filhos em casa porque, muitas vezes têm que os “aturar” presencialmente, o que é para eles um incómodo, porque pensam que, para isso, é que serve a escola. Claro que os pais têm os seus trabalhos e não podem tomar contas dos filhos, mas isso leva-nos a outros problemas que não cabem neste espaço. Para muitos pais a escola deve ser o local onde deixam as crianças e os jovens adolescentes em idade escolar e onde os vão recolher quanto mais tarde melhor. Há justificações profissionais dos pais, é certo, mas isso é outra conversa.

Há, ainda, uma evidência, não é de somenos importância, que é a impossibilidade imediata de milhares de alunos não possuírem tecnologias, devido a problemas financeiros e económicos dos seus encarregados de educação que não têm a capacidade de investir em tecnologias compatíveis o que gera situações de graves desigualdades sociais comparativamente a outras que têm ao seu dispor mais do que o necessário.

Devido ao confinamento começaram a proliferar na comunicação social artigos sobre as consequências do isolamento e da falta de interações social vindos de psicólogos, pediatras, psiquiatras e até de quem, até ao momento, nunca se tenha interessado e preocupado com isso.  Tiveram a oportunidade para debater o que afeta psicologicamente crianças, adolescentes e adultos devido ao teletrabalho e ao ensino a distância online. Não nego a boa intensão e a cientificidade de todos esses especialistas, mas o que acontece é haver uma intenção destrutiva e oposicionista de cariz político extremamente conservador contra quanto saia fora das suas representações, desculpem-me estar a proferir juízos de intenção, mas é o que me fica da leitura de alguns desses artigos.

As críticas feitas ao ambiente online como sendo um espaço inadequado para ensinar e aprender vêm de encarregados de educação e de muitos professores, cansados e em stress atingidos pela exaustão e por vezes pelo burnout, e também da parte de muitos alunos que, por estarem dependentes das aulas presenciais, ficam por isso dececionados com essas novas estratégias de ensino/aprendizagem. Dizem alguns sobre a experiência que viveram, que sentem a nostalgia do espaço seguro da sala de aula, que garante a aprendizagem plena, enquanto que o ensino online é um espaço precário, incompleto, provisório.

A desmotivação dos alunos no ensino presencial também tem sido objeto de discussão. Será também difícil manter a motivação no espaço virtual de salas de aula se os alunos não forem envolvidos afetivamente nos processos de participação que lhes inspire interesse e confiança. Os professores que nas suas disciplinas insistam e se limitem à transmissão de informação e de conteúdos, mesmo que bem produzidos, e não ajudem e motivem os alunos a criar o seu próprio conhecimento, incorrem no risco de os desmotivar fazendo com que a aprendizagem não passe da teoria esquecendo o binómio teoria/prática. Há, contudo, uma vantagem do ensino presencial desde que os alunos estejam atentos e motivados: obtém-se rapidamente o retorno na resolução dos problemas que acontece com a procura do diálogo e de novas estratégias pedagógicas. No online os alunos estão à distância e apenas acessíveis por e-mail que é um meio frio, ou então pelo smartphone, se não houver acesso a videoconferência a dispersão pode ser ainda maior.

O problema não está na aprendizagem através de plataformas online. O que está a revelar a experiência neste período de pandemia é que a maior parte dos professores das escolas, mergulhados que têm estado na atividade presencial, ensina através do online de forma inadequada, muito baseada nos conteúdos programáticos dependentes do professor, deixando para segundo plano o envolvimento, a participação e a criatividade dos alunos. Dar aulas não presenciais é muito mais trabalhosa que aumenta quando se pretende manter uma interação produtiva com os alunos.

O problema não está no online, está na falta de autonomia que, no ensino presencial, não foi estimulada na formação dos alunos, está na insuficiência no domínio das competências básicas (saber pesquisar, analisar, avaliar...) e está também na gestão paternalística das aulas e da forma de ensinar: tudo é dado pronto, como ementa fechada, prato feito, com pouca autonomia, participação e envolvimento dos alunos.

Mário Santos, Investigador em Inteligência Emocional e Professor na Universidade da Madeira escreveu no jornal Económico que “Temos de ter a noção de que somos seres sociais e de que necessitamos de viver em sociedade para nos encontrarmos em perfeito equilíbrio, motor, cognitivo e emocional e por isso temo que a invasão das novas tecnologias acelerada com o aparecimento do novo coronavírus seja um motor de destruição social e que nos pode destruir como sociedade e ficarmos cada vez mais robotizados nas nossas atividades, relações, expressões e colaboração interpessoal.”

Perfilho em parte este ponto de vista que devido ao atual contexto condicionado pela covid-19 faz todo o sentido, mas isso não pode ser tomado como uma fatalidade. A sociedade vai-se adaptando à evolução. Quando até ao final dos anos 70 dominavam os grandes computadores e quando nos finais da década de 70 apareceram os primeiros computadores pessoais a penetrar em ambiente de trabalho vários pensamentos de receio quanto ao futuro que as máquinas trariam à sociedade seguiam uma linha de preocupação acerca da vida em sociedade e das relações de trabalho. Entretanto, muita coisa mudou e adaptou sem alterações catastróficas. Durante a primeira década do século XXI com a tecnologia das redes sociais verificou-se que as interações sociais se tornaram mais ativas, não apenas em rede, mas também ao nível presencial que as mesmas estimularam através da potenciação de encontros.

No que se refere às faixas etária mais baixas ao nível do pré-escolar a opção por um dos elementos da dicotomia educação em ambiente presencial/educação em ambiente online poderá ser mais problemática. Noutros casos o problema parece ser menos da tecnologia utilizada e mais das metodologias pedagógico-didáticas utilizadas porque não foram devidamente testadas para grupos de grande espetro.

As tecnologias digitais associadas às telecomunicações para aprendizagem sempre com a interação como o professor podem potencializar e estruturar novas sociabilidades e, por consequência, novas aprendizagens. As que existem são apenas circunstanciais e limitadas apenas a algumas escolas onde parece estar a ser praticado como forma complementar ao ensino presencial.

Educação online pode definir-se como um conjunto de ações de ensino-aprendizagem desenvolvidos por meios como a internet onde podem coexistir a videoconferência e teleconferência e abrange cursos totalmente virtuais e exclusivamente online sem qualquer presença física e  cursos semi-presenciais (blended learning ou b-learning) em que parte é presencial com atividades complementares fora da sala de aula com apoio da internet.

A educação online utiliza-se em situações onde o presencial não possa ser opção por motivos, por exemplo, em situação de pandemia e confinamento como aquele que vivemos, numa situação em que se deva atingir um grande número de alunos em pouco tempo, ou então por opção quando a vida profissional não deixa espaço para frequentar aulas presenciais.

No ensino/aprendizagem em rede ou a distância todos os participantes são potencialmente emissores, recetores e produtores de informações, quer sobre as matérias programáticas quer sobre problemas conexos, por vezes até pessoais, e também sobre aspetos cognitivos e dificuldades pessoais. Nestas circunstâncias encontramo-nos num contexto de ecologia da informação por estarem incluídas escolhas de caminhos e participações num denso conjunto de inter-relações entre elementos participantes, práticas, valores, hábitos, crenças e tecnologias. Na ecologia da informação o foco não é a tecnologia em si, mas sim a atividade realizada por meio da tecnologia.   Há uma interdependência entre recursos tecnológicos e atividades, cada um ajustando-se e adaptando-se em relação ao outro.

A metáfora ecológica foi utilizada por (Nardi e Vicki, Information ecologies, MIT Press, 1999) que sugere várias propriedades-chave de muitos ambientes nos quais a tecnologia é usada. Uma ecologia da informação é um sistema complexo de partes e relações. Como qualquer sistema ecológico, exibe diversidade, interação e experimenta uma evolução contínua.

As escolas são ambientes intrinsecamente ricos em informações com múltiplos fluxos convergentes e sobrepostos de informações de entrada e saída. As informações são representadas num grande número de formatos, incluindo padrões de aprendizagem, currículos, planos de aula, listas de alunos, planos educacionais individuais, políticas e procedimentos, livros didáticos, recursos online e programações de aulas todos eles relacionados entre si.

A utilização das tecnologias da informação no ensino a distância online insere-se num contexto ecológico da informação o que significa atuar num ambiente virtual, dialogar, trocar informações e experiências, tomar decisões e produzir conhecimento. Nesta perspetiva cada um que se envolva encontra-se em ligação com todos os participantes e recursos existentes que fazem parte de uma rede de interdependência constituindo uma unidade dinâmica que se desenvolve de forma relacional e pluralista.

A potencialidade da ecologia de informação em contexto educativo reside no papel ativo dos seus participantes professores e alunos que têm acesso a informações e recursos para desenvolver atividades colaborativas, dialogar com o outro e estabelecer inter-relações.  Os intervenientes tanto podem inserir novas informações como buscar as informações que lhes são adequadas. Por outro lado, cada aluno pode estar em ligação interagindo com outros sobre as temáticas que estão a ser trabalhadas. Exemplo pode ser tudo o que o professor envia ou coloca numa plataforma e os exercícios e trabalhos que lá são colocados por cada um dos alunos para avaliação pelo professor cujo resultado receberá pelo mesmo meio. 

Muito se tem falado da socialização, cuja importância é inegável, assim como da necessidade que as pessoas têm de comunicar, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos. Em situações de aprendizagem e aquisição de conhecimento Piaget investigou que o conhecimento é construído nas interações que se geram entre o sujeito e o meio que são dependentes um do outro por assimilação que é a incorporação de elementos do objeto conhecido às estruturas existentes e por acomodação que é a transformação dos elementos assimilados modificando os seus (os do sujeito) esquemas prévios ou criando novos esquemas ou estruturas de pensamento gerando novos significados. Penso que esta tese construtivista do conhecimento não retira validade à aprendizagem online desde que interativa, antes poderá reforçar a presencial.

Os professores pela dificuldade do novo processo que lhes foi imposta pelos condicionamentos gerados pelas circunstâncias que a pandemia lhes impôs não conseguiram encontrar num curto espaço de tempo uma metodologia adequada para os seus cursos online. A maior parte, senão todos, reproduziram condições de sala de aula convencional transferindo para o virtual as conceções pedagógicas das aulas presenciais. Colocam-se no papel de professores centralizadores que, a partir textos e atividades que organizam a matéria, reforçam o papel principal do professor.

A aprendizagem online leve colocar-se numa posição mais participativa do processo educacional estimulando a pesquisa e a interação entre pequenos grupos. Em muitas escolas já foram criadas plataformas de aprendizagem que facilitam a colocação de textos, a organização de atividades em ambiente virtual para professores e alunos sem a necessidade de muitos conhecimentos prévios de tecnologias mais sofisticadas. Estas plataformas possibilitam a combinação entre aulas de vídeo, teleconferência pela internet e atividades individuais ou em pequenos grupos antes e depois das aulas sendo parte online e parte offline.

Na fase inicial de autoaprendizagem mesmo que orientada pelo professor pode existir o perigo de dispersão em situação de procura informação ao fazer navegação aleatória executada sem a consciência do que se pesquisa e sem uma tomada de decisão sobre os caminhos a seguir derivados da arquitetura de hipertexto dos motores de busca. A navegação para selecionar informações significativas de acordo com o objetivo pretendido necessita de treino.

A aprendizagem em situação presencial tem vantagens e é imprescindível porque a nossa cultura educacional assim o impõe por motivos que se prendem com a socialização das crianças em situação escolar, mas que exigem, cada vez mais, a familiaridade com as tecnologias como fator de sobrevivência no futuro. Vê-se atualmente o que se passa devido à pandemia com as dificuldades que muitos trabalhadores sentem para se adaptarem ao teletrabalho.

 A criança desenvolve-se em contexto social, são as interações e as relações com as pessoas e com os sistemas sociais que têm um papel crucial para suas aquisições e para a construção de funções psicológicas cada vez mais sofisticadas. O mundo em que vivemos é um mundo de pessoas, coisas, lugares, ações que têm significados construídos historicamente e cuja apropriação se dá no contato social. Neste sentido, pode dizer-se que é aí que o indivíduo se constrói.

Segundo Hohmann e Weikart “As crianças procuram de forma ativa os seus pares, construindo brincadeiras lado a lado, falando (ou vocalizando), observando e interagindo com os mesmos de forma lúdica, sendo que todas estas interações vão ficando mais complexas à medida que as crianças se vão desenvolvendo cognitivamente”. Podemos acrescentar também os adultos com quem interage. Consultar (Hohmann e Weikart. Educar a criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian 2011).

O ensino/aprendizagem online mediada pela internet pressupõe que são alunos com idades superioras ao pré-escolar, diria mesmo, acima do 2º ciclo, pelo que exige uma dimensão social que, devido à sua própria natureza, deve ter uma correspondência ideal de modo a ter em conta a perceção do outro no ambiente virtual de aprendizagem que se designa por presença social, tal como se verificam as interações sociais em ambiente real.

Presença social é um termo da psicologia que relaciona a perceção do indivíduo com o modo como ele se sente na interação com os outros.  Nas aulas a distância online e noutras interações, como a que se realiza através das redes sociais e dos meio assíncronos como o e-mail, uma das formas de facilitar a presença social pode ser através de estratégias, tais como os emoticons ou emojis, que os intervenientes utilizam para comunicar emoções e estabelecer uma ligação interpessoal.

Em aprendizagem online a perceção que os sujeitos têm sobre o grau de proximidade estabelecida entre os vários participantes (neste caso o professor e os alunos), reflete-se na dinâmica da relação entre as pessoas em presença virtual. Nesta perspetiva, tal perceção é influenciada tanto pelos meios tecnológicos como a videoconferência, teleconferência, troca de mensagens escritas entre dois ou mais utilizadores de uma rede de computadores em tempo real (chats) que promovem a interação como pelas características pessoais de cada um dos sujeitos.

Assim, presença social é então a capacidade de os participantes numa comunidade de aprendizagem online se projetarem social e emocionalmente, como pessoas reais, isto é, o grau como um sujeito é percebido como real numa comunicação online.

Alguns estudos como os de Richardson e Zittle (Examining Social Presence in online Courses in Relation to Students' Perceived Learning and Satisfaction, 2003) observaram que a perceção de presença social está relacionada com a satisfação sentida pelos alunos em cursos online. Se experimentam uma fraca ligação entre si ou com o professor sentem-se isolados e céticos em relação à aprendizagem proporcionada e, consequentemente, revelam insatisfação. Os alunos que mostram elevados níveis de presença social, apresentam maior aprendizagem e sentem-se mais satisfeitos. Por outro lado, também demonstraram que há uma relação entre o sucesso ou fracasso individual com a amplitude com que os alunos ultrapassam o sentimento de se sentirem preteridos para se sentirem incluídos.

Inquéritos efetuados a alunos, alguns anos antes da solução apressadamente criada para remediar os efeitos do confinamento dos alunos devido à covid-9 mostraram, através de questionários e entrevistas realizadas a alunos que tinham participado neste tipo de ensino (muito antes da covid), que um dos aspetos mais importantes é o comportamento do professor ou tutor. A maior parte dos alunos referiu interação regular, a proximidade emocional, o feedback imediato e construtivo, assim como o incentivo do professor para o empenho na construção de conhecimento, como aspetos que influenciam a satisfação com o curso.

Outros pontos mencionados pelos alunos que afetam a satisfação com a aprendizagem online foram falta de tempo para completar as tarefas propostas, os relacionamentos difíceis com colegas e pouca experiência com as tecnologias da informação e comunicação. Ora, depois da experiência do confinamento forçado pela pandemia o descontentamento os alunos, pelo que se tem constado, insere-se neste último ponto.

Tudo isto nos conduz ao tema que abordei, há algum tempo, durante a fase preparatória e exploratória para doutoramento em ensino/aprendizagem online cujo problemática se relaciona com a questão da presença social a que poderão aceder aqui numa versãoresumida.


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