Política

Cuidado com os despertares emergentes e alianças populistas

De acordo com o jornal Le Monde  estará marcada um nova manifestação dos “coletes amarelos” em França para sábado 1º de dezembro?


Apesar do discurso de Emmanuel Macron em 27 de novembro, apesar da reunião de representantes do movimento com o ministro da transição ecológica François de Rugy (27 de novembro) e depois com o primeiro-ministro Edouard Philippe (30 de novembro), mais um dia de a mobilização está planeada em toda a França.


Marine Le Pen líder do partido União Nacional, ex FN, sob a capa da moderação, provoca implicitamente o confronto quando disse na Europe 1, segundo o jornal FranceSoir,  "Se os Champs Elysees forem interdito aos “coletes amarelos” eles sentirão isso como um ato de  mais humilhação, mais uma forma de desprezo", argumentou o Marine Le Pen. "Os Champs-Élysées é uma avenida que é o símbolo da França, ora os “coletes amarelos” são o povo francês…” Eles consideram isso como como sendo seu.”, afirmou Le Pen. Pode conferir aqui.


Segundo uma sondagem  em França que pode ver aqui são cada vez mais os franceses que apoiam os “coletes amarelos” e os protestos pela redução de impostos e reposição do poder de compra: 84%,. Os eleitores da União Nacional de Le Pen, antiga FN, são os que mais apoiam a contestação com 92%. Os apoiantes de Macron dividen-se: 50% apoiam e 50% não.


Isto leva-nos a refletir sobre este tipo de movimentos. As manifestações são ações democráticas em que se pretende expressar coletiva e publicamente um sentimento ou uma opinião podendo ser por parte de um grupo social em particular ou pela a sociedade em geral. Surgiram, entretanto, manifestações convocadas por novos movimentos sociais e políticos de contestação que mostram que a cidadania ainda existe e que as pessoas ainda reagem e que contestam a democracia tal como a conhecemos na expectativa de que se que se discuta alternativa ao modelo dominante são os movimentos ou manifestações inorgânicas sem dono e à revelia de qualquer organização democrática.


Estas manifestações inorgânicas são promovidas através das redes sociais e são por vezes aproveitadas por partidos que não se enquadram dentro da legalidade democrática como são os movimentos extremistas de direita que utilizam palavras de ordem populistas e também por partidos da extrema-direita alguns com assento parlamentar.


A extrema direita está em crescimento na Europa aproveitando o descontentamento da população derivado problemas relacionados com a austeridade, migrações, fecho de fronteiras que dizem conseguir poderem resolver e ultrapassar e utilizam slogans anti União Europeia e de nacionalismos exacerbados.


O discurso antieuropeu não é exclusivo da extrema-direita, a extrema-esquerda também o alimenta, cada um com argumentos diferentes, mas com vetores orientados e convergentes, diferindo apenas no sentido e posição ideológicos, mas da mesma intensidade e aceleração.


Estas forças que utilizam a democracia para se afirmarem posteriormente como partidos capazes de resolver tudo quanto os países e a U.E. não conseguiram resolver. Com demagogia e populismo, vão penetrado ao poucos, com a sedução de ideias e princípios já bem conhecidos no passado, mas que, os mais jovens, por ignorância da história dos seus países, assimilam sem espírito crítico. Os povos apenas veem o imediatismo das propostas que aqueles partidos lhes dizem poder oferecer. Um dos argumentos populistas mais utilizados por esses partidos que se dizem democráticos é a utilização do medo de tudo: dos mercados, dos migrantes, da insegurança, do desemprego, etc., etc...


No passado, não muito longínquo, as democracias morreram com os mesmo argumento: nacionalismos extremados, procura e utilização de causadores da crise nos países, culpabilizar os órgãos de informação de muitas das causas de que enferma a política….


Não nos enganemos, há uma relação entre populismo e autoritarismo.  Steven Levitsky, e Daniel Ziblatt no seu livro como morrem as democracias «How Democracies Die: What History Reveals About Our Future», «Como Morrem as Democracias: O que a História Revcela sobre a Nossa Democracia», defendem a tese de que as democracias atualmente já não morrem em decorrência de ações armadas ou golpes militares.


Se estivermos atentos veremos que, atualmente, podem surgir movimentos que, sob a capa da democracia, pretendem pôr em causa a autoridade do Estado e as decisões de governos que foram democraticamente eleitos o que de certo modo é legítimo quando os governos que saiam das eleições não respondem às espectativas das populações e é nesse contexto emocional que a extrema direita aproveita para se fazer ouvir.


Veja-se o caso que se passa em França com a convocação dos chamados coletes amarelos através redes sociais, manifestação inorgânica marcada fora de qualquer quadro político ou sindical que se iniciou contra o imposto ecológico lançado sobre os combustíveis alargado depois ao  aumento fiscal generalizado e aumento do custo de vida.   Com o apoio implícito de partidos da extrema direita, avançam com outro tipo de reivindicações e protestos pediram já a demissão do presidente Macron de centro direita.


Não é por acaso que hoje, 26 de novembro, Benjamin Cauchy, (não eleito como líder do dos coletes amarelos), a principal mediática figura desde o início do movimento de coletes amarelos, que teve início no passado sábado 17 de novembro se distanciou do movimento.


"Há uma radicalização que é extremamente danosa e da qual eu me destaco. Sei que centenas de pessoas querem ficar longe de coletes amarelos. Convido-os a participar de um movimento chamado Lemons. Já estamos cansados ​​de estar com pressa, não queremos falhas e somos amarelos.”, disse Benjamim Cauchy à emissora francesa de notícias RTL.


Também é claro o apoio implícito e oportunista e de intromissão naquele movimento de Marine Le Pen, líder do partido da extrema direita RN - Rassemblement National (União Nacional) a ex FN - Frente Nacional, mas que pessoalmente não se manifestou no dia 17 de novembro. Segundo a emissora EUROPE 1 Marine Le Pen acusou na quinta feira o governo francês de querer "minimizar o movimento". Terá dito que, para as eleições europeias, vai adotar a linhas políticas de Matteo Salvini, ministro do Interior italiano, tendo em vista "uma revolução democrática" na Europa (que espécie de democracia será para a extrema-direita??).


Em alguns países da União Europeia a extrema direita, eurocética e contra a U.E., tem-se insinuado aos povos com populismo e demagogia de tal modo que não estamos longe, no futuro próximo, de ver partidos extremistas de direita virem a ser a terceira força política no Parlamento Europeu.


Numa entrevista à Fundação FHC no Brasil, Levisky explica que “Nos dias de hoje, a subversão da democracia ocorre de maneira lenta e incremental. Um dos primeiros passos é controlar o Judiciário. Em seguida vem a perseguição aos media independentes e aos opositores políticos, intelectuais e lideranças sociais, assim como o progressivo controle do Estado e até mesmo de setores da economia. Quando as pessoas percebem o que está a acontecer, já é tarde demais”.


Não é por acaso que surge ao debate proposto pela direita a questão da revisão constitucional. O estado da democracia na Europa Central e de Leste é cada vez mais preocupante. Vejam-se, por exemplo, o caso da Polónia e da Hungria países tidos como casos de sucesso da transição do comunismo para a democracia, mas que estão a tornar-se regimes cada vez mais autoritários e menos democráticos segundo o relatório da Nations in Transit 2018.


O relatório mostra que a União Europeia - e o grupo do Partido Popular Europeu no Parlamento Europeu - deve assumir a responsabilidade pelo confronto com o anti liberismo do governo Fidesz - União Cívica Húngara (em húngaro: Fidesz – Magyar Polgári Szövetség) é um partido húngaro de direita populista e nacional-conservador liderado por Viktor Orbán.


Mapa_democracias
Com uma maioria absoluta muito confortável no parlamento, o Fidesz conseguiu rever a Constituição e a estrutura legislativa de forma formalmente legal, apesar da clara violação dos princípios da democracia liberal. As esperanças da U.E. de que Orbán e o seu partido se afastassem das orientações não liberais por ele próprio provaram ser irrefletidas.


Segundo um artigo de opinião da Nations in Transit “a Polónia a seguir o mesmo caminho que da Hungria, a U.E. deve tomar urgentemente em ambos os países medidas coordenadas. Em primeiro lugar, deve basear-se no seu processo de sanções contra a Polónia ao abrigo do artigo 7º, abrindo também uma contra a Hungria. Em segundo lugar, para os dois países, a U.E. deve dar seguimento a investigações anticorrupção que envolvam a utilização indevida de fundos da U.E. e condicionar o acesso aos fundos dando cumprimento de critérios rigorosos de um Estado de direito. Do mesmo modo, a deve levar a sério o comportamento não liberal de potenciais Estados-Membros nos Balcãs Ocidentais, incluindo os chamados líderes, Sérvia e Montenegro. O desejo de uma “estabilidade” superficial nos Balcãs não deve sobrecarregar a necessidade de usar a influência considerável da UE para melhorar o estado de direito".


Uma das grandes diferenças entre a Hungria e a Polónia é o facto de Viktor Orbán ser o primeiro-ministro eleito da Hungria e Jaroslaw Kaczynsky ser apenas o líder do Partido Lei e Justiça (PiS) - uma condenação por fraude eleitoral impede-o de ocupar cargos públicos -, mas controla governo e presidente.


As Constituições, sendo garantes de que algum partido ou pessoa com tendências autoritárias não ultrapasse a linha vermelha e possa comprometer a democracia através de certas regras que fazem parte do jogo democrático, se não forem expressas, podem ser facilmente manipuladas. Políticos sem escrupulosos podem explorar entrelinhas de uma Constituição para minar o seu espírito como, por exemplo, nomeações para certos lugares e instituições quem seja considerado leal às suas ideias e ao seu campo político, colocando em xeque o equilíbrio a médio e longo prazo noutros órgãos do poder.


Como exemplos recentes de governantes legitimamente eleitos que trilharam essa trajetória, Levitsky citou o venezuelano Hugo Chávez (que governou durante 14 anos, de 1999 até sua morte em 2013, e foi sucedido por Nicolás Maduro), o turco Recep Tayyip Erdoğan (eleito primeiro-ministro da Turquia em 2003, mudou a Constituição para instalar o presidencialismo e fez-se eleger como presidente em 2014) e o russo Vladimir Putin (que governa a Rússia desde 1999, inicialmente como primeiro-ministro, depois como presidente, novamente como primeiro-ministro e que recentemente foi reeleito com folga para um quarto mandato presidencial).


“Devemos fazer todo o possível para evitar que um candidato antidemocrata conquiste o poder, pois, ao chegar lá, não tenha dúvida de que ele colocará em prática suas ideias autoritárias. Para impedir que isso ocorra, vale até mesmo se aliar a adversários políticos com opiniões diversas, desde que firmemente comprometidos com a democracia”, afirmou Levitsky.


Quando se organizam movimentos emergentes ou criam partidos de caráter populista ou a representantes de alguma elite económica e acriticamente os apoiamos pode estar-se a abrir portas do poder para radicais com pendor autoritário imaginando que depois da eleição será possível mantê-los sob controle. A história mostra que isso pode ter graves consequências, como foi o caso da ascensão de Adolf Hitler na Alemanha, em 1933.


Devemos refletir sobre o que Daniel Ziblatt, um dos autores do livro anteriormente referido, afirmou, numa entrevista ao jornal Público, que “No século XX americano, houve sempre políticos demagogos: nos anos 1920 tivemos Henry Ford, o magnata dos automóveis, um famoso antissemita que foi citado no Mein Kampf, de Adolf Hitler, como um exemplo e um modelo a seguir — Ford considerou seriamente candidatar-se à presidência dos EUA e era muito popular nas sondagens, sobretudo no Midwest; nos anos 1930, tivemos Huey Long, senador e governador do Luisiana que dizia que o Estado de direito não tinha importância, dizia “eu sou a lei”, que também pensou candidatar-se à presidência, mas acabou por não o fazer; depois tivemos o senador Joe McCarthy, que fez a campanha anticomunista; a seguir tivemos George Wallace, o governador do Alabama racista que se candidatou à Casa Branca. Há uma longa tradição. Podemos aprender com a nossa História, a começar pelos nossos sucessos: como é que nenhum destes homens conseguiu ser Presidente?”.

Seguir em frente ou retroceder

Temos de nos convencer que a austeridade não acabou, mas que passou a ser gerida de forma diferente da austeridade neoliberal que a direita impôs, o caminho foi diferente. Estes três anos foram o tempo em que a prudência fiscal e a consolidação orçamental passaram a ser as novas normas e o défice público prolongado passou a ser do passado.


O ainda fraco crescimento económico embora em média com a União Europeia e o incremento dos gastos sociais para enfrentar as consequências sociais da crise e o envelhecimento da população conduziu à austeridade como uma evidência necessária.


















Zona Euro 2º trimestre


2018


2,1


%











Portugal


2018


Previsão 2,2


%




Se continuarmos a querer tudo e a distribuir tudo por todo o lado ficam-se os gastos obrigatórios que tendem a consumir todo o orçamento e corre-se o risco de voltarmos a ter uma direita cujas alternativas já são conhecidas. Se a direita chegasse novamente ao poder iria retirar o que agora quer dar e a extrema-esquerda iria olhar para o lado e dizer que nada teve a ver com isso.


Como o Estado continua a precisar de crédito os mercados financeiros mantêm-nos sobre supervisão mesmo com a dívida a ser reduzida e se mantenha com o equilíbrio orçamental. A direita em situação crítica ameaça com os ditos e a extrema esquerda vocifera contra eles, sem resultados, porque dentro dum pensamento regionalista fala contra a globalização, mas não sabe como a combater.


O problema político decorrente está em que, em democracia, se tem de prestar contas a dois eleitorados, o do povo e o dos mercados que exercem imposição sobre os Estados de acordo com o documento “Electoral Promises & Ideological Space in Crisis Europe, p. 5”.


Portugal, é mais do que sabido, é ainda um país fortemente endividado e não estamos em condições de promessas vãs de não cortar na despesa, e a oposição, a de direita, também não está em condições de prometer que não irá cortar nos gastos para consolidar as finanças públicas. Assim, de momento, pressionam para gastar porque não estão no poder. Deste modo, entre o Governo e a oposição o eleitorado não tem possibilidades de escolha alternativa que seja diferente no ponto que diz respeito à consolidação.


Quer a direita, quer os partidos à esquerda do PS estão sem saber o que fazer e a única oportunidade que lhes resta é tentarem evitar uma maioria absoluta do PS lançando mão de tudo, entrando numa angústia à medida que se aproximam as eleições europeias e as legislativas.


É letal para os partidos com vocação de governo prometer o que sabem não poder cumprir assim como dar a impressão de que não fariam o mesmo de forma diferente daquela que os seus adversários fazem. Neste caso em 2015 António Costa arriscou na diferença e, devido a vários fatores conjunturais, conseguiu o que parecia impossível fazer com um volte face nas políticas.


Está tudo perfeito? Não. Houve erros e falhas? Sim. É aquilo que muitos esperavam? Talvez. Poderia ter feito mais e melhor? Sim. A estas respostas a direita apenas diz mal, mas não diz objetivamente o que faria diferente e melhor daquilo que já fez no passado e que o eleitorado gostaria de saber. Não digam que a culpa é de Rui Rio porque não é. A culpa é do partido que Rio o encontrou e que não conseguiu mudar porque era difícil fazê-lo sem ser com uma “limpeza” (sentido figurado) que só poderá fazer quando houver novamente eleições. Se as perder vai ser muito difícil fazer mudanças num partido anquilosado com elementos vindos de Passos Coelho.  Rui Rio queria regressar à social-democracia mas, devido a interesses em jogo e pressões internas, os neoliberais não deixaram.


Começam a mostrar-se por aí pequenos núcleos de partidos, e outros que já existem, com tendências populistas ainda disfarçadas que, sabendo não irão ter possibilidade real de governar, não se importam de fazer promessas impossíveis de cumprir.


Assim, como neste momento não há alternativa ao governo, ou a que há é destituída de sentido o que é o mesmo como se não existisse. Como os eleitores já se perceberam disso poderá haver o perigo que uma pequena parte do eleitorado reaja de maneira distinta votando em quem não gostaria de ver no governo como mostra de expressão do seu mal-estar. Não é por acaso que surgem partidos como o Aliança tentando tirar votos à direita e ao centro, e, pior ainda, movimentos populistas como o Chega, de André Ventura.

Queremos tudo já, não importa como

Segundo o jornal Público a bancada comunista vai votar a favor das propostas do PSD e do CDS sobre a contagem do tempo de serviço que esteve congelado das carreiras especiais da Função Pública, que incluem os professores, e que pretendem retomar as negociações entre os sindicatos e o Governo. Com esta posição assumida no âmbito do Orçamento do Estado (OE) para 2019.


O PCP tenta assim uma aproximação ao PSD, que é determinante na votação das propostas sobre esta matéria já que o PS deverá votar contra, tendo em conta o decreto-lei já aprovado pelo Governo sobre os professores.


As estratégias partidárias no que respeita ao congelamento das carreiras dos professores o PSD, CDS, BE e PCP e PEV cantam em uníssono já numa espécie de campanha pré-eleitoral onde o objetivo é evitar uma maioria absoluta do PS. Parece ser um entendimento para prejudicar o Governo e fazer uma oposição cínica, como o eram as combinações entre várias famílias da máfia que se juntavam para obterem vantagens em negócios (nesse caso ilícitos)  e depois se matavam entre si.


O PSD e o CDS votaram, ano após ano, o congelamento da carreira dos professores, dizendo expressamente que esses anos de congelamento não contariam como anos de serviço. O governo do PSD e CDS, com Passos Coelho como primeiro-ministro, tomou posse em junho de 2011 e durante o seu mandato de 2011 a 2105 o governo deles nada fez para o descongelamento das carreiras. Por outro lado, também nunca vimos do lado das organizações dos professores, especialmente da FENPROF, qualquer movimento para pressionar esse governo a descongelar as carreiras.



























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A 1 de janeiro de 2011, então, a carreira voltou a “congelar”, situação que se mantém ainda hoje. Os professores que vincularam em 2013 e anos seguintes, independentemente do seu tempo de serviço, ficaram no 1.º escalão; há milhares de docentes retidos, há 7 anos, nos 4.º e 6.º escalões por nunca ter sido publicada a portaria de vagas para acesso aos escalões seguintes.


Ninguém lhes tira razão o que está em causa é a exigência temporal do pretendido. Não há dinheiro para tudo. Resta saber como a direita reagiria nas mesmas circunstâncias financeiras ao mesmo problema?


Claro que o CDS e o PSD, quando no governo, que foram os que mais arrasaram em direitos e salários a função pública, incluindo os professores, e muitos outros trabalhadores pretendem agora mostrarem-se os seus defensores, cavalgando a onda para obtenção de mais alguns votos.


Pela mesma e outras razões, mas incluídas na mesma maleta, o BE e o PCP pretendem o mesmo apesar de saberem da estreita margem que possam vir a conseguir. O seu número de votos para o PCP e para o BE não irão aumentar substancialmente e, por isso, adotaram outra estratégia bem definida: evitar a maioria absoluta ao PS, mesmo que, para isso, se aliem por conveniência à direita. Só com uma maioria relativa do PS o PCP e o BE podem conseguir uma aliança parlamentar na futura legislatura. Uma versão dois da “geringonça”. Todavia, segundo sondagem da Eurosondagem no dia 16 de novembro de 2018 e mantendo-se as pequenas oscilações parece que a coisa se complica mais para o PCP do que para o BE.


SondagensNov2018


Quando começa a verificar-se um ligeiro alívio da crise, sim, apenas ligeiro, que não dá para respirar fundo, as movimentações sindicais e outras inorgânicas da direita e da esquerda querem que tudo seja concedido com uma imediatez impossível. Esquecem-se de que há outros setores que, por não terem capacidade reivindicativa nem de mobilização para manifestações de rua ficam na escuridão vendo outros reclamar para obter o sol. Não são apenas os professores, cada vez são mais os pedem tudo ao Estado quando, no tempo em tudo lhes tiravam, retraíam-se e mesmo quando protestavam nada conseguiam.


Ao contrário do PSD e do CS que congelaram carreiras esquecem-se de que já foram neste momento descongeladas as carreiras de 32 mil professores e que até ao final deste mês,  conforme parece lhes foi prometido, mais 12 mil professores verão a sua carreira descongelada e no próximo ano serão mais 19 mil e até 2020, não haverá nenhum professor que não tenha tido uma progressão na sua carreira. Para quê colocar em perigo as finanças públicas que poderão por em risco aquilo que já foi conseguido e voltar tudo outra vez à mesma. Parece aqui haver uma teimosia dos sindicatos que possa por em causa a autoestima dos seus líderes enquanto dirigentes sindicais.


Para concluir parece que somos um país rico e de crescimento e PIB exemplares:


Baixar já o IVA das touradas.


Baixar já o IVA dos festivais.


Queremos, já, aumentos salariais acima do razoável.


Queremos, já, integração de efetivos sem critério.


Querem, já, descongelamento de carreiras e que se conte os anos  e dias dos professores.


Os juízes vão na mesma onda.


Os médicos e enfermeiros também.


A FESAP quer o salário mínimo maior do que no privado. Aqui recordo-me de Passos Coelho quando lançava trabalhadores do público contra o do privado. Teria ele razão?


Etc., Etc.

Redes sociais e legiões de fracos transformados em fortes






Hoje venho para aqui falar de imbecilidades e de imbecis que  frequentam as redes sociais, fazem comentários nos jornais online e que, comoeu, escrevem em blogs. Isto por me ter lembrado de Umberto Eco, vulto enorme dacultura europeia, filósofo, escritor, semiólogo, linguista de famainternacional que em junho de 2015, quando recebeu o título de doutor honoriscausa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, afirmou publicamente que“As redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis que antes apenasfalavam num bar depois de um copo de vinho sem prejudicar a comunidade e agoraeles têm o mesmo direito à palavra do que um Prémio Nobel, é a invasão deidiotas ". Declaração que podem consultaraqui.





Numa primeira leitura diria que Umberto Eco estava a
chamar-me idiota e imbecil a mim e a outros milhares e com alguma razão. Embora
em Portugal não tenha sido dada muita relevância ao facto, mesmo assim muitos
se indignaram quando aquelas afirmações foram proferidas e, claro, muitas idiotices
também se escreveram nos comentários na imprensa online e sites de canais
televisivos como podem
confirmar neste exemplo
.





Jornalistas e intelectuais que tinham os seus blogues e contas
em rede sociais reagiram e indignaram-se. Eu que também escrevo para um blogue
e não sou Prémio Nobel, segundo o ponto de vista do próprio Umberto Eco, também
estaria incluído no conjunto dos imbecis, mas não me indignei e até concordei
com ele. As interpretações que foram dadas ao que ele disse é que foram erróneas.





Umberto Eco não se referia aos que escrevem e defendem opiniões
pessoais ou partidárias, confrontam ideias, cada um à sua maneira, com
narrativas e argumentos melhores ou piores, bons ou maus, discutíveis,
concordantes ou discordantes de outros pontos de vistas. Referia-se ele aos selváticos
imbecis que proliferam nas redes, profissionais da ofensa, da difamação, da mentira,
da calúnia, da asneira, das informações falsas que, não sabendo redigir argumentação
inteligível, utilizam uma linguagem obscena, grosseira, ofensiva, apenas e
porque não concordam com outras opiniões que não sejam as da sua própria inabilidade
argumentativa. Outros há, ainda, que utilizam uma linguagem intelectualoide numa
amálgama de ofensas e obscenidades para que deem crédito à sua voz
estupidificante.





A troca de comentários e a avidez de novidades estruturam a
participação nas redes sociais. As pessoas já estão acostumadas a comentários
rápidos e superficiais sobre tudo e todos. É fácil ver nesses comentários a
preocupação de cada um em simplesmente dar sua opinião, mais do que ouvir a
alheia. A opinião do outro é apenas a oportunidade para expressar a sua própria
através de linguagem do mais baixo nível. São os “bullies” e os hooligans das
redes sociais.





Era a todos estes que Umberto Eco se referia quando antigamente
estavam silenciados por falta de canal e agora são percursores de campanhas de notícia
falsas e outras idiotices para captar cidadãos bem-intencionados, mas incautos,
para as suas debilidades e posturas mentais. Umberto Eco terá sido o percursor
da adjetivação dessa gentalha que prolifera nas redes sociais. Felizmente que, atualmente,
cada vez mais comentadores e jornalistas de vários quadrantes ideológicos têm a
mesma opinião.





O caso é tanto mais preocupante quanto mais essa imbecilidade
que Umberto Eco menciona interfere pela distorção, invenção e falseamento de factos
e notícias arquitetados e engendrados premeditadamente com finalidades e efeitos
perversos. A estas estratégias, utilizadas em redes sociais, é dada cobertura com
o exemplo dado por altos responsáveis de países com importante influência na
política mundial como são os EUA. Quando o próprio presidente deste país, Donald
Trump, manda manipular imagens de um facto captado e testemunhado presencialmente
por várias pessoas e divulgadas mundialmente é evidente que outros farão o
mesmo. Quando um presidente utiliza uma rede social para divulgar notícias falsas
para combater órgãos de comunicação credíveis e responsáveis e lhes abre uma
guerra aberta, não podemos estranhar que outros façam o mesmo com as mais
obscuras intenções.





No caso do presidente do EUA a mentira e a manipulação sobre
factos são validados pela ignorância de quem os lê, ouve ou vê sem qualquer necessidade
de conferir. O que lhes é dado é uma presumível verdade assente na
credibilidade da proveniência numa tese de: é emitida pelo próprio poder logo é
credível, mesmo que falsa.





O vídeo abaixo é o original do canal CNBC.




[youtube https://www.youtube.com/watch?v=zFWvLj2wq2Y]








Pode
ler aqui a notícia completa
.





O vídeo seguinte é o vídeo manipulado pela Casa Branca publicado
no jornal
online espanhol El Pais
.




[youtube https://www.youtube.com/watch?v=LJCjKhmtndI]

Redes sociais e legiões de fracos transformados em fortes










Hoje venho para aqui falar de imbecilidades e de imbecis que
frequentam as redes sociais, fazem comentários nos jornais online e que, como
eu, escrevem em blogs. Isto por me ter lembrado de Umberto Eco, vulto enorme da
cultura europeia, filósofo, escritor, semiólogo, linguista de fama
internacional que em junho de 2015, quando recebeu o título de doutor honoris
causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, afirmou publicamente que
“As redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis que antes apenas
falavam num bar depois de um copo de vinho sem prejudicar a comunidade e agora
eles têm o mesmo direito à palavra do que um Prémio Nobel, é a invasão de
idiotas ". Declaração que podem consultar
aqui
.





Numa primeira leitura diria que Umberto Eco estava a
chamar-me idiota e imbecil a mim e a outros milhares e com alguma razão. Embora
em Portugal não tenha sido dada muita relevância ao facto, mesmo assim muitos
se indignaram quando aquelas afirmações foram proferidas e, claro, muitas idiotices
também se escreveram nos comentários na imprensa online e sites de canais
televisivos como podem
confirmar neste exemplo
.





Jornalistas e intelectuais que tinham os seus blogues e contas
em rede sociais reagiram e indignaram-se. Eu que também escrevo para um blogue
e não sou Prémio Nobel, segundo o ponto de vista do próprio Umberto Eco, também
estaria incluído no conjunto dos imbecis, mas não me indignei e até concordei
com ele. As interpretações que foram dadas ao que ele disse é que foram erróneas.





Umberto Eco não se referia aos que escrevem e defendem opiniões
pessoais ou partidárias, confrontam ideias, cada um à sua maneira, com
narrativas e argumentos melhores ou piores, bons ou maus, discutíveis,
concordantes ou discordantes de outros pontos de vistas. Referia-se ele aos selváticos
imbecis que proliferam nas redes, profissionais da ofensa, da difamação, da mentira,
da calúnia, da asneira, das informações falsas que, não sabendo redigir argumentação
inteligível, utilizam uma linguagem obscena, grosseira, ofensiva, apenas e
porque não concordam com outras opiniões que não sejam as da sua própria inabilidade
argumentativa. Outros há, ainda, que utilizam uma linguagem intelectualoide numa
amálgama de ofensas e obscenidades para que deem crédito à sua voz
estupidificante.





A troca de comentários e a avidez de novidades estruturam a
participação nas redes sociais. As pessoas já estão acostumadas a comentários
rápidos e superficiais sobre tudo e todos. É fácil ver nesses comentários a
preocupação de cada um em simplesmente dar sua opinião, mais do que ouvir a
alheia. A opinião do outro é apenas a oportunidade para expressar a sua própria
através de linguagem do mais baixo nível. São os “bullies” e os hooligans das
redes sociais.





Era a todos estes que Umberto Eco se referia quando antigamente
estavam silenciados por falta de canal e agora são percursores de campanhas de notícia
falsas e outras idiotices para captar cidadãos bem-intencionados, mas incautos,
para as suas debilidades e posturas mentais. Umberto Eco terá sido o percursor
da adjetivação dessa gentalha que prolifera nas redes sociais. Felizmente que, atualmente,
cada vez mais comentadores e jornalistas de vários quadrantes ideológicos têm a
mesma opinião.





O caso é tanto mais preocupante quanto mais essa imbecilidade
que Umberto Eco menciona interfere pela distorção, invenção e falseamento de factos
e notícias arquitetados e engendrados premeditadamente com finalidades e efeitos
perversos. A estas estratégias, utilizadas em redes sociais, é dada cobertura com
o exemplo dado por altos responsáveis de países com importante influência na
política mundial como são os EUA. Quando o próprio presidente deste país, Donald
Trump, manda manipular imagens de um facto captado e testemunhado presencialmente
por várias pessoas e divulgadas mundialmente é evidente que outros farão o
mesmo. Quando um presidente utiliza uma rede social para divulgar notícias falsas
para combater órgãos de comunicação credíveis e responsáveis e lhes abre uma
guerra aberta, não podemos estranhar que outros façam o mesmo com as mais
obscuras intenções.





No caso do presidente do EUA a mentira e a manipulação sobre
factos são validados pela ignorância de quem os lê, ouve ou vê sem qualquer necessidade
de conferir. O que lhes é dado é uma presumível verdade assente na
credibilidade da proveniência numa tese de: é emitida pelo próprio poder logo é
credível, mesmo que falsa.





O vídeo abaixo é o original do canal CNBC.




[youtube https://www.youtube.com/watch?v=zFWvLj2wq2Y]








Pode
ler aqui a notícia completa
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O vídeo seguinte é o vídeo manipulado pela Casa Branca publicadono jornalonline espanhol El Pais.




[youtube https://www.youtube.com/watch?v=LJCjKhmtndI]





Redes sociais e legiões de fracos transformados em fortes

Nichos para fazer oposição política e a procura de alvos

Em certos momentos de acontecimentos da nossa política há um problema que aflige e agita a comunicação social e os jornalistas: quando não têm informação suficiente e exata sobre certos factos lançam para a opinião pública achas interpretativas e especulações sobre esses mesmos factos que, por vezes, se aproximam de oráculos.


É, por exemplo, o caso do roubo das armas de Tancos por causa do qual se tem estado a construir uma espécie de telenovela tipo mexicana a partir de alguns factos, outros pseudo factos, que surgem de penumbras que geram nebulosas segundo o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e névoas segundo o primeiro-ministro António Costa. Pode até acontecer que as nebulosas e as névoas sobre os factos sejam, com finalidades várias, adensadas e difundidas pelos próprios envolvidos durante processo de averiguações.


Recorde-se que o caso de Tancos surgiu numa altura crítica em que Governo e o país andavam preocupados com a catástrofe incendiária que grassou, ou fizeram grassar, e que tiveram uma gravidade sem par e, na mesma altura, por coincidência, é divulgado pela comunicação social o facto do roubo das armas em Tancos. Ouro sobre azul para partidos da direita cavalgarem a onda e poderem fazer oposição.


E claro que a oportunidade surgiu para a oposição explorar com a tentativa de atribuir responsabilidades exclusivamente políticas ao que deveria ser responsabilidade da competência da hierarquia militar.


A direita aproveita os nichos de “mercado” da política partidária que a vão ajudar a concentrar esforços onde têm maior probabilidade de sucesso que, aqui e ali, vão surgindo e se abrem no espaço político para fazer oposição partidária; os órgãos de comunicação aproveitam os mesmos nichos para vender informação (por vezes especulando sobre os factos) em consonância. Ambos são, afinal, consumidores públicos suscetíveis de exercer influência. A venda da agitação política para os primeiros e a venda da informação para os segundos contribuindo ambos para o mesmo fim. Assim, quanto mais radicais e agressivos forem a trocar argumentos lançando dúvidas nas mentes e proferindo ofensas, a favor das suas “causas”, mais adeptos ganham no caso de uns, e leitores ou telespectadores no caso dos outros. Para isso os grandes media têm hoje, nas suas versões impressas ou on-line mais colunas de opinião e pouco espaço para reportagens e apresentações factuais sem comentários inseridos pelo jornalista.


A falta de casos concretos e objetivos sobre a governação propriamente dita e de projetos de governação alternativos a oposição procura potencias nichos de factos, por vezes marginais, que potencialmente possam ser associados à conduta do governo para a obtenção de futuros dividendos eleitorais.


Apesar da importância que, sem dúvida, o caso de Tancos merece temos à nossa volta a perceção de que o povo já começa a estar farto desta novela que passa na comunicação social com conveniências várias porque, até ao momento, não existe objetivamente nada que concorra para o esclarecimento. O caso do roubo das armas de Tancos afigura-se-me como estando nesta configuração.


Alguns meios de comunicação, quando não todos, em certas circunstâncias cuidam de apresentar factos por vezes sem relevância, mas jornalisticamente elaborados, dando-lhes enfase de modo a criar polémicas e a ter efeito jornalístico que estimule o leitor ou o espectador.


Uma emoção leva uma pessoa a reagir diante de um acontecimento mesmo que lhe seja apenas descrito e faz ativar sentimentos sendo estes definidos como a observação das emoções e das reações provocadas por elas.


Há vários exemplos do que se afirma que contribuem para preparar e criar clima na opinião pública para julgamentos emocionais e estimular a conduta de partidos na oposição, sejam eles quais forem.


Tendo em vista a importância do layout das primeiras páginas dos jornais, nomeadamente os portugueses, é evidente a construção e a reprodução de ideias e valores na sociedade, quando abordam questões relacionadas com a possível construção de significados sociais como o  objetivo de desencadear emoções e sentimentos (conceitos complementares) que possam ter muita importância quando se pretende induzir a opinião pública através da comunicação.


Vejamos dois exemplos ambos do Correio da Manhã:


CM dia 5 de novembro:


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Repare-se no layout do título da manchete “Juiz de Sócrates Liberta Traficante de Armas” aparece acentuadamente em destaque em fontes garrafais que sugere informações mais relevantes da página, bem como da sua localização no domínio do “Ideal” que está associado à seção superior da primeira página e sugere os elementos representados como dotados de idealização, abstração, generalização ou emoção.


A manchetes mostram a informação relevante mais proeminente e do discurso noticioso. As manchetes simplesmente separam o evento principal da história e, portanto, são totalmente deriváveis da história. A chamada “Juiz de Sócrates Liberta Traficante de Armas” aparece com acentuado destaque, em função das fontes garrafais empregues seu respetivo título.


Assim, o diário Correio da Manhã pretende que o público faça a conotação do tráfico de armas com Sócrates aproveitando ser o mesmo juiz Ivo Rosa, a quem foi atribuída por sorteio a instrução da operação Marquês (que envolve entre José Sócrates e Ricardo Salgado, entre outros), associando-os ao tráfico de armas.  Não está claro no título porque o pretendido será a opinião pública possa fazer conotações do julgamento de Sócrates com o tráfico de armas por ser o mesmo juiz a tomar as decisões judiciais.


Outro caso ainda tendo em vista neste caso a amplificação dirigida de casos.


CM 9 de novembro:


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Como no primeiro exemplo nesta capa o layout do título da manchete “Juiz Apaga Teia da Máfia do Sangue” aparece acentuadamente em destaque com fontes garrafais em cor branca sobre fundo preto que sugere a informação mais relevante da página e o seu impacto bem como o da sua localização associada no domínio do “Ideal” ao centro da primeira página. Os significados sociais (re) produzidos pela composição das capas dos jornais estão ao nível do domínio do Ideais associados à seção superior da página e sugere os elementos representados como dotados de idealização, abstração, generalização ou emoção.


O tema principal da notícia está em letras reduzidas com cores e fundo contrastantes em fonte mais pequena, menos evidente e de difícil leitura. É obvio que neste caso o objetivo da redação parece ser o início da ofensiva contra o juiz Ivo Rosa com a procura de quaisquer decisões judiciais que tomar.


Este tipo de jornais e de jornalismo, e ainda os comentários e notícias que circulam nas redes sociais, procuram com títulos e frases persuasivos explorar o espaço emocional no corpo da opinião pública para desencadearem permanentemente o alerta emocional da sociedade e manter a atenção necessária para despertar em cada caso o correspondente conteúdo sentimental.

Sonhos e ficção nas narrativas políticas

Em tempos tive de contactar com a área disciplinar da linguística e na altura interessei-me pelas teorias de Noam Chomsky naquela área de investigação, mas também pelas suas convicções políticas. Para algumas mentes delirantes é considerado um perigoso comunista americano. Foi ele que desenvolveu a Gramática Generativa que nos anos de 1975 e seguintes foi incluída na disciplina de Português em muitas escolas a reboque das grandes reformas na educação e dos conteúdos programáticos e que foi abandonada alguns anos depois por uma contrarreforma educativa.


Com 89 anos escreveu em 2017, já com Donald Trump na presidência, sobre o sonho americano que diz ter acabado e defende que “hoje, o sentimento generalizado é o da que nada tornará a ser como era”. Refere-se ele aos Estados Unidos da América confirmado pelas notícias que nos chegam através da própria comunicação social daquele país durante o mandato de Trump que, hoje, lá conseguiu mais uma diminuta vitória no reforço do Senado com mais dois ou três senadores.


Se observarmos, situação idêntica ao sonho americano, a que podemos chamar “sonho europeu” acontece também na nossa União Europeia e, delimitando a localização, o mesmo se vai passando também no nosso país sempre que a direita ocupa o poder e proclama a necessidade de aplicação das tão faladas reformas estruturais. Claro que estas reformas são interpretadas de modo e sentido diferentes consoante os governos são mais à esquerda ou mais à direita.


Foi a partir de 1980 que Reagan nos EUA e Thatcher no Reino Unido iniciaram a escalada do neoliberalismo com a implementação das políticas de enriquecimento dos já então muito ricos com prejuízo da maior parte da população. Este princípio da ideologia neoliberal tem como postulado que através de políticas de enriquecimento dos mais ricos a economia avança e será geradora de investimento e de emprego. Ou seja, através da concentração de riqueza na pequena percentagem da população que é um grupo cada vez mais próspero.


A redução dos impostos é defendida para as classes sociais mais ricas e para as empresas com lucros avultados, as chamadas pessoas coletivas, com argumentos dos neoliberais a pretexto de que aumentará o investimento e, consequentemente, o número de empregos. Onde se encontram dados estatísticos concretos que não seja apenas intuição da direita que ateste aquela afirmação? Antes pelo contrário, a uma redução de certa percentagem de imposto não corresponde investimento ou criação de posto de trabalho que esteja correlacionados. A redução de imposto contribuirá para a distribuição da massa a serem  distribuídos através de dividendos. Devo notar que não estou contra o lucro e a rentabilidade das empresas porque são elas juntamente com o trabalho que geram riqueza, por isso não se confundam as questões. É o próprio sistema neoliberal que potencia que os investidores sejam aconselhados a concentrarem os seus investimentos em benefícios da pequena parte da população que são os já muito ricos.


Sempre que há eleições num país o discurso político vai no sentido da promessa concretização dos sonhos de cada um ou de cada grupo ou, de forma mais alargada, duma classe social. É a narrativa do se votarem em mim poderão recuperar ou conseguir o vosso sonho, na prática, mesmo que pelo discurso da negativa. Concretamente foi o que aconteceu nos EUA com a campanha de Donald Trump. A mensagem é ouvida mesmo que seja passada por aqueles que estão a destruir os sonhos. Em menor escala já passámos por isso no nosso país e iremos voltar a ouvir tanto mais quanto mais próximos das eleições. A exploração do que possa haver de mais negativo numa sociedade como ódios, escolha de bodes expiatórios, xenofobia, racismo e a utilização do medo e a da ameaça não é de agora a história tem-nos mostrado que já foram utilizadas essas estratégias mas agora foram copiadas, reconstruída e adaptadas anovas realidades.


Quando nos falam das desigualdades em que vivemos não se referem às desigualdades individuais, (entre eu e tu), nem sociais, porque essas existem e existirão sempre. Quando se fala nas desigualdades a que assistimos é na global e, particularmente, em cada nação, resultante da riqueza extrema de uma parte ínfima da população que representa apenas 1% do total. É a desigualdade fruto da super-riqueza de alguns resultado das políticas sociais e económica proveniente de transformações pele implantação de políticas neoliberais dos últimos trinta anos.


As políticas dos governos liberais e neoliberais colocam em prática o que já Adam Smith disse no século XVIII “tudo para nós, nada para os outros”.  Escrevia ele num contexto da época e referindo-se ao sistema feudal: “But what all the violence of the feudal institutions could never have effected, the silent and insensible operation of foreign commerce and manufactures gradually brought about. These gradually furnished the great proprietors with something for which they could exchange the whole surplus produce of their lands, and which they could consume themselves without sharing it either with tenants or retainers. All for ourselves and nothing for other people, seems, in every age of the world, to have been the vile maxim of the masters of mankind. As soon, therefore, as they could find a method of consuming the whole value of their rents themselves, they had no disposition to share them with any other persons. (Chapter IV: How the Commerce of the Towns Contributed to the Improvement of the Country). “(Tradução no final).


As reformas estruturais tão apregoadas pela direita neoliberal que tem como alvo preferencial a classe média e minorias não são mais do que as políticas governamentais tomadas com base numa intenção contrária à vontade da população que, apesar disso, vota nos que defendem tais políticas. É o efeito das democracias plurais que continuam ainda a ser o melhor dos regimes políticos apesar de, para alguns, serem um grande pesar.  É frequente citarem em defesa da democracia a Grécia Clássica como sendo o berço da democracia, todavia a democracia estudada por Aristóteles referia-se apenas às cidade-estado como Atenas sendo uma democracia limitada pois era apenas destinada aos homens livres, apenas os considerados como cidadãos atenienses, que podiam exercê-la excluindo outros como os escravos.


O sonho da classe média e média baixa reside na possibilidade de qualquer um conseguir um bom emprego, comprar uma casa, adquirir um automóvel, custear os estudos dos filhos, etc.. Tudo isto se desmoronou no tempo da crise, basta olharmos para a Europa e particularmente para Portugal onde aquele tipo de sonho acabou com a intervenção de assistência internacional, com o endividamento excessivo do estado, das empresas e das famílias, o que foi aproveitado para imporem as já bem conhecidas políticas neoliberais criadoras de emprego e de riqueza.


No que respeita à educação quer liberais, quer neoliberais, em suma, as novas direitas emergiram por efeitos da globalização, aprovam e sustentam os modelos das parcerias público-privadas ou do cheque ensino para apoio às escolas privadas. Estas propostas servem sobretudo para o crescimento do sistema privado de ensino e um esforço disfarçado de destruir paulatinamente o sistema de ensino público. São uma maneira de atrair fundos públicos para instituições privadas, debilitando assim o ensino público sendo muitas delas pertença ou associadas a instituições da igreja católica. Consequentemente o argumento falacioso para a manutenção destas parcerias é o aproveitamento melhor dos alunos, portanto, destruam-se as instituições de ensino público.


Quem não estiver de acordo com o pensamento liberal e neoliberal nesta e noutras áreas é logo apelidado de esquerdista ou “esquerdalho”, termo preferencial dos apoiantes da direita aqui neste nosso Portugal. Também na ex-União Soviética os dissidentes das ideias do regime eram apelidados de «antissoviéticos», o mesmo se passou nos EUA no tempo do Macartismo entre 1950 e 1957 onde eram apelidados de «antiamericanos» os que não fossem concordantes com o regime. Ambas são noções totalitárias. Em todas as sociedades os críticos dos regimes liberais através de meios ao dispor fazem os possíveis por caluniar os seus adversários políticos, mas não ficamos por aqui porque alguns da esquerda também não se acanham de fazer o mesmo com a direita. Isto também são tendências totalitaristas.


Tenho criticado sobejas vezes as inoportunas e exageradas reivindicações salariais para a função pública levadas a efeito por sindicatos e centrais sindicais. Mas o certo é que a política destinada a aumentar a insegurança no mundo do trabalho aumentaram substancialmente quando as direitas liberal, neoliberal e conservadora governaram o país com a troika. A justificação então dada, e que ainda hoje serve de argumento, foi poder facilitar a captação e atração de investimento e a capacidade que tal medida tem para a criação de postos de trabalho. Isto é, numa outra leitura parece que a insegurança dos trabalhadores é um fator essencial para os ter sob controlo e evitar reivindicações e greves e a sua associação em sindicatos.


A insegurança relativamente à manutenção dos postos de trabalho conduz inevitavelmente à aceitação de qualquer tarefa com salários e condições de trabalho por vezes indignas e sem capacidade reivindicativa. Isto a qualquer nível de atividade. É a isto que alguns economistas liberais chamam contribuir para uma economia saudável.


Sobre a questão da economia saudável temos assistido a entrevistas pelo comentador da TVI António Costa a responsáveis do Governo, nomeadamente ao ministro da economia, em que afirma que o Orçamento de Estado para 2019 não é um orçamento amigo das empresas. Mas que raio de questão esta, então um orçamento de estado tem que ser amigo de alguém ou de grupo específico ou deve ser executado para as pessoas e empresas no seu todo? Parece que do ponto de vista daquele douto economista, ex-diretor do Diário Económico, que penso terá entrado em falência, e que que agora comenta na TVI, os orçamentos devem feitos para serem amigos de alguém e, como tal, inimigos de outrem.


Mas estes mesmo insurgem-se quando lhe tiram dinheiro do bolso através dos impostos, como estará, certamente, presente na nossa memória o colapso financeiro de 2008 e a banca ficou desfalcada e como a sua recuperação foi colocada nas mãos de todos os cidadãos foram chamados para isso com o dinheiro dos seus impostos. É um ponto de vista egoísta aliviar impostos para uns e deixar que outros vivam à mingua retirando-os do circuito dos serviços prestados pelo chamado Estado Social.


Não é por acaso que se deslocam empresas para locais de mão-de-obra barata. São uma parte da concentração de riqueza e de poder, pretendem a obtenção de cada vez mais lucros com cada vez menos distribuição e, quem acusa estas circunstâncias é logo chamado de delirante e, quando não, esquerdista.


Pelo seu lado os sindicatos pertencentes ao domínio da CGTP, afeta ao PCP, e mesmo os pertencentes á UGT têm perdido ao longo dos anos e ao nível do privado esta batalha.


Gráfico 6



Fonte: OECD.Stat. Obtidos em 20 Mar 2018

Resta-lhes assim provocar agitação na função pública, incluindo professores, criando instabilidade como arma e forma de pressão para a reivindicações mais variadas, por vezes inoportunas e injustas porque, na função pública, a segurança dos postos de trabalho vai estando mais ou menos garantida. As únicas reivindicações que fazem é sempre mais e mais dinheiro para salários e outras benesses e não somente para que os serviços públicos melhorem. Mas estas estratégias apenas fortalecem as teses da direita sobre o trabalho. Em média do número de horas de trabalho de países como os EUA, o país da liberalização da contratação, e alguns da UE são dos mais elevados (ver gráfico).


Portugal está entre os mais elevados dos praticados na Europa. Para manter os seus estilos de vida os trabalhadores vêm-se obrigados a trabalhar mais horas com horários de trabalho mais longos. Outra das ilusões são os aumentos salariais que aceleram a inflação e lhes consome o parco aumento. As regalias salariais diminuem e, daí, o recurso ao endividamento. Para conseguirem dar continuidade aos seus hábitos criam uma ilusão de riqueza usada no consumo e no custear da educação dos filhos. As pessoas afundam-se em dívidas através de empréstimos para compra de bens, por vezes, supérfluos, e para atenderem aos preços inflacionados das casas.


Na U.E. os países que exigem mais horas de trabalho a outros são aqueles que menos horas trabalham. É o que se quer impor a alguns como efeito disciplinador através de menos liberdade, menos tempo para lazer e mais obediência a ordens. Veja-se o caso de alguns países como Polónia onde o Governo nacionalista e ultraconservador controla os meios de comunicação, invade os escritórios de organizações não-governamentais que apoiam vítimas de violência doméstica (apenas por terem participado numa manifestação favorável à despenalização do aborto) e apodera-se, descaradamente, do sistema judicial. De facto, a deriva autoritária do PIS – Partido Justiça e Liberdade não tem limites.


Para os outros operou-se a passagem, do que era o operariado desde a revolução industrial até ao fim da primeira metade do século XX, para o de “precariado” ou trabalhadores precários e outros setores da população que se vêm confrontados com uma existência cada vez mais precária a todos os níveis. É a isto que os liberais pretendem quando dizem, em abstrato, serem necessárias reformas estruturais.



_______________________


Tradução: Mas o que toda a violência das instituições feudais nunca poderia ter efetuado, a operação silenciosa e insensível do comércio exterior e fabricas trazidas gradualmente. Estas forneceram gradualmente aos grandes proprietários algo com o qual poderiam trocar todo o excedente das suas terras, e que eles mesmos poderiam consumir sem compartilhar com inquilinos ou detentores. Tudo para nós e nada para outras pessoas, parece, em todas as épocas do mundo, ter sido a máxima vil dos mestres da humanidade. Assim, logo que pudessem encontrar um método de consumir todo o valor dos próprios alugueres, não tinham disposição de compartilhá-los com outras pessoas.” (Riqueza das Nações III.iv.10: Chapter IV: How the Commerce of the Towns Contributed to the Improvement of the Country).

Bem-vindo ao editor Gutenberg


Of Mountains & Printing Presses





The goal of this new editor is to make adding rich content to WordPress simple and enjoyable. This whole post is composed of pieces of content—somewhat similar to LEGO bricks—that you can move around and interact with. Move your cursor around and you’ll notice the different blocks light up with outlines and arrows. Press the arrows to reposition blocks quickly, without fearing about losing things in the process of copying and pasting.





What you are reading now is a text block the most basic block of all. The text block has its own controls to be moved freely around the post...





... like this one, which is right aligned.





Headings are separate blocks as well, which helps with the outline and organization of your content.





Uma imagem vale mais do que mil palavras





Handling images and media with the utmost care is a primary focus of the new editor. Hopefully, you’ll find aspects of adding captions or going full-width with your pictures much easier and robust than before.





Beautiful landscape
If your theme supports it, you’ll see the "wide" button on the image toolbar. Give it a try.




Try selecting and removing or editing the caption, now you don’t have to be careful about selecting the image or other text by mistake and ruining the presentation.





The Inserter Tool





Imagine everything that WordPress can do is available to you quickly and in the same place on the interface. No need to figure out HTML tags, classes, or remember complicated shortcode syntax. That’s the spirit behind the inserter—the (+) button you’ll see around the editor—which allows you to browse all available content blocks and add them into your post. Plugins and themes are able to register their own, opening up all sort of possibilities for rich editing and publishing.





Go give it a try, you may discover things WordPress can already add into your posts that you didn’t know about. Here’s a short list of what you can currently find there:





  • Texto e títulos
  • Imagens e vídeos
  • Galerias
  • Embeds, like YouTube, Tweets, or other WordPress posts.
  • Layout blocks, like Buttons, Hero Images, Separators, etc.
  • And Lists like this one of course :)









Visual Editing





A huge benefit of blocks is that you can edit them in place and manipulate your content directly. Instead of having fields for editing things like the source of a quote, or the text of a button, you can directly change the content. Try editing the following quote:





The editor will endeavor to create a new page and post building experience that makes writing rich posts effortless, and has “blocks” to make it easy what today might take shortcodes, custom HTML, or “mystery meat” embed discovery.

Matt Mullenweg, 2017




The information corresponding to the source of the quote is a separate text field, similar to captions under images, so the structure of the quote is protected even if you select, modify, or remove the source. It’s always easy to add it back.





Blocks can be anything you need. For instance, you may want to add a subdued quote as part of the composition of your text, or you may prefer to display a giant stylized one. All of these options are available in the inserter.









You can change the amount of columns in your galleries by dragging a slider in the block inspector in the sidebar.





Media Rich





If you combine the new wide and full-wide alignments with galleries, you can create a very media rich layout, very quickly:





A acessibilidade é importante — não se esqueça do atributo de texto alternativo da imagem




Sure, the full-wide image can be pretty big. But sometimes the image is worth it.









The above is a gallery with just two images. It’s an easier way to create visually appealing layouts, without having to deal with floats. You can also easily convert the gallery back to individual images again, by using the block switcher.





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Campanha de Trump nas intercalares dos EUA segundo o Sunday Express

O Sunday Express tem apresentado o diário da campanha eleitoral das eleições intercalares nos EUA de apresento um pequeno extrato sobre as afirmações de Donald Tump que, como sempre, intercala o disparate com o radicalismo.


 Domingo 4 de novembro


 18h18 - Atualização: Donald Trump avisou que, se os democratas vencerem na terça-feira, o mercado de ações vai cair


O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou que uma de suas medidas favoritas de sucesso, o mercado de ações, está em perigo se os eleitores favorecerem os democratas nas eleições para o Congresso.


Trump alertou num tweet na terça-feira que uma mudança no Congresso seria ruim para o mercado, dizendo: "Se quiserem que as vossas ações caiam, eu sugiro fortemente que se vote no democrata".


Nas eleições de meio de mandato, os democratas estão concentrados em proteger uma lei de saúde de 2010.


Enquanto isso, o presidente Donald Trump elogiou o crescimento económico e emitiu alertas sobre a imigração para obter votos para seu partido.


Os democratas estão a liderar os republicanos em sete pontos percentuais, de 50% a 43%, revelou uma pesquisa eleitoral da NBC News / Wall Street Journal.


Mas os números estão um pouco abaixo da liderança de nove por cento dos democratas no mês passado.


O presidente Trump descreveu a primeira onda de barricadas de arame farpado colocadas ao longo da fronteira entre os EUA e o México como "lindas".


Até agora, tropas americanas instalaram os bloqueadores de arame farpado ao longo de 170 milhas das margens do Rio Grande.


Trump disse a seus partidários em sua campanha em Montana: “Nós temos os nossos militares na fronteira”.


“E notei todo aquele lindo arame farpado que sobe hoje. O arame farpado usado corretamente pode ser uma bela vista”.


O presidente dos EUA também usou o seu discurso para, mais uma vez, condenar a caravana de imigrantes que viajavam para a fronteira com os EUA.


Ele disse: “Estas são pessoas más. Hombres ruins.


"Há alguns hombres ruins nesse grupo. Então eles saíram com uma lista de 300 realmente ruins, muito ruins. Eles estão lá."


Os números listados vieram de um relatório do Departamento de Segurança Interna, que afirma que 270 dos migrantes em trânsito cometeram crimes, incluindo agressão sexual e roubo.


Atualização às 18h10: os jovens podem afetar o resultado em "estados oscilantes"


Indicações de voto antecipado sugerem que os jovens podem ajudar a levar o Congresso para os democratas na terça-feira.


Mas Angela Wilson, professora de política na Universidade de Manchester, disse ao Express.co.uk: “Isso realmente depende de onde os jovens estão localizados.


Disse ainda: “Se os jovens estão em estados tradicionalmente azuis que já se inclinam para candidatos democratas, isso pode reforçar os números, mas não necessariamente alterar o resultado esperado.


Quais são as últimas previsões de sondagens?


 Senado:


Republicanos têm uma chance de 84,3% - 5 em 6 - de ganhar o controle


Democratas têm 15,7% de chance - 1 em 6 - de ganhar o controle


Congresso:


Republicanos têm 85% de chance - 6 em 7 - de ganhar o controle


Democratas têm 15% de chance - 1 em 7 - de ganhar o controle


 11.53am: Mais hispânicos com probabilidade de votar na terça-feira do que em 2014, novas pesquisas mostram


O número de eleitores hispânicos que votaram nas eleições de novembro pode ficar num terço nos mandatos de 2014, com uma participação maior do que o aumento geral da votação dos EUA, segundo pesquisa nacional divulgada hoje.


Uma pesquisa da Reuters / Ipsos, realizada entre 1º de setembro e 29 de outubro, revelou que 36% dos eleitores hispânicos disseram que garantem ir, contra 27% em 2014.


O aumento é quase o dobro do aumento de cinco por cento entre todos os eleitores dos EUA no mesmo período, de acordo com os dados. E esses mesmos eleitores são duas vezes mais propensos a apoiar o partido democrata.


Acredita-se que o entusiasmo latino esteja aumentando, à medida que o Partido Republicano do presidente Trump aumenta sua linha-dura anti-imigração.



9h45 - Atualização: campanha democrata de Stacey Abrams, alvo de ataques racistas


Ambas as campanhas para os candidatos concorrendo ao governador da Geórgia condenaram uma gravação racista e antissemita enviada a residentes no estado dias antes da eleição.


A campanha para a candidata democrata Stacey Abrams, que espera tornar-se a primeira governadora negra dos EUA, denunciou os telefonemas como evidência do "crescente desespero" da campanha republicana.


O rival de Abrams, o secretário de Estado da Geórgia, Brian Kemp, chamou-os de "absolutamente repugnantes".


Os telefonemas representaram Oprah Winfrey, que apostou na campanha em Abrams, além de linguagem antissemita.


Insultos de cariz racistas semelhantes foram enviados na Flórida em agosto para minar o candidato democrata Andrew Gillum, que é negro.


Atualização de 8.34: Trump diz em Montana que os democratas querem convidar “caravana após caravana para inundar suas comunidades”


O presidente Trump endureceu sua posição sobre a imigração na sua manifestação em Montana, acusando os democratas de encorajar um número infinito de imigrantes para os EUA.


Trump disse aos seus partidários: “Os democratas querem convidar caravana após caravana para inundar as suas comunidades, esgotando os nossos recursos e inundando a nossa nação. Nós não queremos isso.


Ele também afirmou que "a América está a crescer" ao falar sobre a economia enquanto estava em um campo de pouso em frente ao Air Force One.


Trump disse: “A América está a crescer. Os republicanos aprovaram um enorme corte de impostos para as famílias trabalhadoras e em breve continuaremos com outro corte de impostos de 10% para a classe média.”


6:00 am atualização: Twitter elimina mais de 10.000 contas tentando desencorajar as pessoas de votar


Perto do final de setembro e início de outubro, o Twitter excluiu mais de 10 mil contas que tentavam desencorajar as pessoas a votarem.


Os democratas sinalizaram várias mensagens que fingiam ser democratas que tentavam convencer outros democratas a não votar.


Isso tem sido parte de uma parceria que os democratas têm com vários parceiros que tentam responsabilizar a organização do média social e impedir a disseminação da desinformação.



4:00 da manhã atualização: Trump "o ne assustou filho de uma arma" afirma seu ex-ghostwriter


De acordo com o ghostwriter Tony Schwartz, que escreveu o famoso livro de Trump "The Art of the Deal", Trump está em pânico quando mais se aproxima o dia das eleições.


Schwart diz que Trump "utilizará qualquer coisa num sentimento de desespero" para garantir que os republicanos não percam as eleições.


Ele acrescentou que o que Trump "percebe é que isso pode tornar-se muito, muito obscuro para ele" e poderia potencialmente perder tanto a Câmara como o Senado, apesar das sondagens que dizem que os republicanos ocuparão o Senado.


02:33 atualização: pedido de Trump para as tropas na fronteira negada


O Pentágono disse que não vai aprovar o pedido de Trump para enviar pelo menos 5 mil soldados para a fronteira dos EUA.


Eles disseram que ele deveria ser tratado pela polícia local ou estadual e não aprovava o uso de armas de fogo real.


Trump disse repetidamente que enviará de 5 mil a 15 mil soldados para a fronteira.


Também rotulou os 3.000 migrantes indo para a fronteira como uma "invasão".


 Uma jogada de Trump


 12:02 am update: O presidente interrompe seu discurso para pedir a um médico que trate uma mulher no meio da multidão


Um médico está a tratar com atenção as mulheres que adoecem no meio da multidão.


O Presidente disse: "Passe essa informação. Isso é bom. Leve o seu tempo."


Em seguida, acrescentou: "Obrigado médico. Ótimo trabalho. Tem que fazer com os seus impostos baixem."

Em democracia lemos e ouvimos o que gostamos e também o que não gostamos

Quem anda pelas redes sociais e escreve em blogs e escuta comentários nos canais de televisão lê e ouve o que gosta e o que não gosta, até mesmo o que vem de alguns energúmenos da asneirada ofensiva e da mentira que proliferam nas redes sociais. Daí é necessário ter a dose respetiva de capacidade psicológica para o encaixe, e a disposição necessária para o desprezo de certo tipo de comentários.


Veja-se o exemplo do que se passou durante a campanha eleitoral no EUA e continua ainda a passar-se e, mais recentemente, no Brasil com Bolsonaro. Fazer comentários nas redes sociais contra ou a favor do que quer que seja ou denunciar notícias falsas não vale a pena porque, quando se trata de campanhas que se apoiam principalmente nas redes socias, a maior parte das vezes as respostas que contestem tais notícias mesmo que falsas e respetivos comentários caem no saco roto nos eleitores porque o povo irá votar irracionalmente, tanto mais, quanto a irracionalidade das atitudes perigosas e grosseiras investidas por quem faz campanha e apoia certas ideias contra a democracia, os políticos,  os candidatos ou os partidos de forma radical, violenta, primitiva, brutal, deseducada.


Tenho-me referido várias vezes aos comentários e artigos de opinião escritos na imprensa alguns deles escritos para elites digerirem. José Miguel Tavares, uns dos liberais com o qual raramente estou de acordo que escreve artigos de opinião para o jornal Público, referiu naquele jornal, a propósito das eleições no Brasil, que: “as elites artísticas, intelectuais e jornalísticas têm de meter na cabeça de uma vez por todas que a sua influência sobre o povo, na hora do voto, é nula. Que os seus poderes de mediação e de persuasão, na era das redes, evaporaram-se de vez. Que ter escritores, comentadores, historiadores, músicos ou jornais a criar vídeos, e manifestos, e hashtags, e editoriais, e o diabo a quatro, onde do alto da sua imensa sabedoria tentam explicar ao povo brasileiro (como já haviam tentado explicar ao povo americano) em quem ele deve votar, é uma ridícula figura, por uma razão muito simples – aquele voto, o voto de dezenas de milhões de brasileiros e de norte-americanos, também é contra nós”.


Face a isto o confronto democrático e o debate político deve passar a seguir outro caminho porque a exigência do povo pela qualidade intelectual e cultural tem vindo a deteriorar-se progressivamente devido às redes sociais onde alguns exprimem o que lhes vai na alma através de grunhidos grosseiros rebuscados nas profundezas das cavernas mais obscuras de certa política partidária e ideológica que por vezes são mais eficazes do que dissuasores.


Nesta era das tecnologias da informação e comunicação todos passámos a ser, para além de consumidores, produtores de informação, falsa ou não, boa ou má, sem censura, enfim  sem quaisquer riscos que não sejam os comentários dirigidos. A informação que antigamente era validada, e conferida segundo critérios pelos órgãos de comunicação social – felizmente alguns ainda continuam a seguir – deu lugar à desinformação desenfreada nas redes sociais e à contra informação, numa competição sem tréguas do quanto mais falso e ofensivo melhor que contribui para confundir opiniões, até as dos bem intencionados, numa espécie de rodopio de notícias confusas, e não factos, difundidas pelas redes.


Quem mantém blogs de opinião política seja qual for o quadrante, mesmo de visão sectária, está no seu direito de liberdade de expressão que a democracia lhe confere. Já no que diz respeito á comunicação social, nomeadamente a imprensa, a coisa é diferente. Detesto jornais de orientação tendencialmente unilateral. Em jornais online com opiniões provenientes de vários quadrantes ideológicos e partidários aparece de tudo na zona dos comentários, desde os que se insurgem contra a opinião do autor fazendo comentários insultuosos até aos que defendem as suas opiniões e criticam outros como se fossem eles os proprietários de verdades absolutas. Nestas tarefas de crítica e opinião no domínio da política temos de ter a capacidade de encaixe suficiente para podermos ler e ouvir quer o que gostamos ou com que concordamos, quer o que não gostamos ou com que não concordamos e se assim não for o melhor é: não comentar.

As lições de Ressabiado Silva

O nome próprio “Ressabiado” não existe, é ficcionado. Tal nome próprio nunca terá sido posto a ninguém, a não ser como alcunha. Já viram com...