Segundo o jornal Público a bancada comunista vai votar a favor das propostas do PSD e do CDS sobre a contagem do tempo de serviço que esteve congelado das carreiras especiais da Função Pública, que incluem os professores, e que pretendem retomar as negociações entre os sindicatos e o Governo. Com esta posição assumida no âmbito do Orçamento do Estado (OE) para 2019.
O PCP tenta assim uma aproximação ao PSD, que é determinante na votação das propostas sobre esta matéria já que o PS deverá votar contra, tendo em conta o decreto-lei já aprovado pelo Governo sobre os professores.
As estratégias partidárias no que respeita ao congelamento das carreiras dos professores o PSD, CDS, BE e PCP e PEV cantam em uníssono já numa espécie de campanha pré-eleitoral onde o objetivo é evitar uma maioria absoluta do PS. Parece ser um entendimento para prejudicar o Governo e fazer uma oposição cínica, como o eram as combinações entre várias famílias da máfia que se juntavam para obterem vantagens em negócios (nesse caso ilícitos) e depois se matavam entre si.
O PSD e o CDS votaram, ano após ano, o congelamento da carreira dos professores, dizendo expressamente que esses anos de congelamento não contariam como anos de serviço. O governo do PSD e CDS, com Passos Coelho como primeiro-ministro, tomou posse em junho de 2011 e durante o seu mandato de 2011 a 2105 o governo deles nada fez para o descongelamento das carreiras. Por outro lado, também nunca vimos do lado das organizações dos professores, especialmente da FENPROF, qualquer movimento para pressionar esse governo a descongelar as carreiras.
2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 |
"congelado" | "congelado" | "congelado" | "congelado" | "congelado" |
365 | 366 | 365 | 365 | 365 |
A 1 de janeiro de 2011, então, a carreira voltou a “congelar”, situação que se mantém ainda hoje. Os professores que vincularam em 2013 e anos seguintes, independentemente do seu tempo de serviço, ficaram no 1.º escalão; há milhares de docentes retidos, há 7 anos, nos 4.º e 6.º escalões por nunca ter sido publicada a portaria de vagas para acesso aos escalões seguintes.
Ninguém lhes tira razão o que está em causa é a exigência temporal do pretendido. Não há dinheiro para tudo. Resta saber como a direita reagiria nas mesmas circunstâncias financeiras ao mesmo problema?
Claro que o CDS e o PSD, quando no governo, que foram os que mais arrasaram em direitos e salários a função pública, incluindo os professores, e muitos outros trabalhadores pretendem agora mostrarem-se os seus defensores, cavalgando a onda para obtenção de mais alguns votos.
Pela mesma e outras razões, mas incluídas na mesma maleta, o BE e o PCP pretendem o mesmo apesar de saberem da estreita margem que possam vir a conseguir. O seu número de votos para o PCP e para o BE não irão aumentar substancialmente e, por isso, adotaram outra estratégia bem definida: evitar a maioria absoluta ao PS, mesmo que, para isso, se aliem por conveniência à direita. Só com uma maioria relativa do PS o PCP e o BE podem conseguir uma aliança parlamentar na futura legislatura. Uma versão dois da “geringonça”. Todavia, segundo sondagem da Eurosondagem no dia 16 de novembro de 2018 e mantendo-se as pequenas oscilações parece que a coisa se complica mais para o PCP do que para o BE.
Quando começa a verificar-se um ligeiro alívio da crise, sim, apenas ligeiro, que não dá para respirar fundo, as movimentações sindicais e outras inorgânicas da direita e da esquerda querem que tudo seja concedido com uma imediatez impossível. Esquecem-se de que há outros setores que, por não terem capacidade reivindicativa nem de mobilização para manifestações de rua ficam na escuridão vendo outros reclamar para obter o sol. Não são apenas os professores, cada vez são mais os pedem tudo ao Estado quando, no tempo em tudo lhes tiravam, retraíam-se e mesmo quando protestavam nada conseguiam.
Ao contrário do PSD e do CS que congelaram carreiras esquecem-se de que já foram neste momento descongeladas as carreiras de 32 mil professores e que até ao final deste mês, conforme parece lhes foi prometido, mais 12 mil professores verão a sua carreira descongelada e no próximo ano serão mais 19 mil e até 2020, não haverá nenhum professor que não tenha tido uma progressão na sua carreira. Para quê colocar em perigo as finanças públicas que poderão por em risco aquilo que já foi conseguido e voltar tudo outra vez à mesma. Parece aqui haver uma teimosia dos sindicatos que possa por em causa a autoestima dos seus líderes enquanto dirigentes sindicais.
Para concluir parece que somos um país rico e de crescimento e PIB exemplares:
Baixar já o IVA das touradas.
Baixar já o IVA dos festivais.
Queremos, já, aumentos salariais acima do razoável.
Queremos, já, integração de efetivos sem critério.
Querem, já, descongelamento de carreiras e que se conte os anos e dias dos professores.
Os juízes vão na mesma onda.
Os médicos e enfermeiros também.
A FESAP quer o salário mínimo maior do que no privado. Aqui recordo-me de Passos Coelho quando lançava trabalhadores do público contra o do privado. Teria ele razão?
Etc., Etc.
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