Política

Intocáveis comentadores ou políticos que dão toques na bola

Não é raro verem-se políticos, deputados, dirigentes partidários até, a comentar futebol em defesa ou não do seu clube. Esta apetência por parte dos políticos pelo comentário futebolístico passou a ser também uma via indireta para fazer campanha partidária que possa patrocinar alguns votos e lhe dê visibilidade.


Em Portugal quem for adepto de um dos principais clubes de futebol e político que pertença a um partido poderá ter caminho aberto para obter votos no seu partido por identificação das massas associativas por simpatias clubistas o que, ao mesmo tempo, pode ser uma espécie de faca de dois gumes. Poderá atrair alguns e afastar outros.


O futebol passou a ser, para além de outras coisas, uma estrada para uma possível obtenção de dividendos partidários. Veja-se como exemplo o caso do CDS, partido em que deputados são também comentadores televisivos de futebol.  Alguém afirmou no próprio partido que esta prática por parte de alguns responsáveis era uma vergonha e que representava o grau zero da política, defendendo que deveriam antes discutir as suas ideias políticas que pode conferir aqui.


Por exemplo, Telmo Correia, presidente da mesa do Conselho Nacional e vice-presidente da bancada do CDS, participa regularmente em programas de debate futebolístico assim como Nuno Magalhães, líder da bancada do mesmo partido.


Estou com Rui Rio quando argumenta que há “uma queda natural de quem está na política de se tentar encavalitar nos êxitos futebolísticos” o que cria estados de espírito emocionais por vezes sem qualquer racionalidade. “Misturam-se com essa componente extraordinariamente emocional e nada racional, quando nós na política temos de fazer um esforço de racionalidade”.


Tem havido a uma tentação tendenciosa para ganhar popularidade política à custa do futebol.


Segundo o jornal Público de dezembro de 2018 a ligação do deputado Hélder Amaral, à anterior direção de um clube de futebol (a de Bruno de Carvalho, do Sporting) gerou mal-estar interno, sobretudo, quando a polémica se acentuou no clube e aconteceu o ataque à academia de Alcochete.


Os que gostam de futebol até devem achar bem quando tudo vai bem para os clubes a que pertencem, o problema está quando se verifica o inverso.


Já faltou mais para que no Canal Parlamento venha a ser discutido futebol. Não passa pela cabeça de alguém com bom senso a quem desempenha um alto cargo de estado por nomeação ou por eleição vir a público ser chamado a comentar sobre futebol e aceitar.


promiscuidade entre clubes e partidos políticos e a política em geral.  Promovem-se jantares entre deputados com os presidentes dos clubes a que pertencem com os dirigentes do Porto, Benfica e Sporting existindo algumas diferenças na forma como são organizados. A corrupção no futebol parece servir apenas para os clubes se digladiarem uns contra os outros. A corrupção no futebol passa com beneplácito de todos os que adoram o futebol e, aqui e ali vêm ao de cima casos e casinhos que vão andando por aí como, para já não falar de casos mais graves do Sporting e antigamente do FCP, o caso do Benfica caso de corrupção no futebol em que Filipe Vieira passou de acusador a acusado que tendo feito da luta contra a corrupção uma arma de afirmação no futebol português, mas vê-se agora colocado numa posição em que tem de se defender de múltiplas acusações como pode confirmar aqui e não me venham dizer que a redação da RTP é toda contra o Benfica.


Nada disto movimenta rios de protestos, nem manifestações de indignação popular ou jornalísticas e esta se não for pelas audiências, porque o futebol, para os portugueses, parece ser uma espécie de algo intocável contra o qual ninguém se deve manifestar contra, nem, tão pouco, contra os políticos que neles se encavilham, mas levantam-se brados quando é nomeado um ministro ou um secretário de estado, ou um qualquer chefe de gabinete que tem, porque já tinha, um familiar com um determinado cargo a trabalhar na função pública.


Viva o futebol instituição intocável onde vale tudo e onde a corrupção se resume a desvios de dinheiros subornos e outros que tais que são denunciados porque até lá nada tocou aos denunciadores.

Casos ao acaso de Assunção Cristas

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Vou dedicar este tema a Assunção Cristas, líder do CDS/PP porque lhe acho graça, faz-me rir e, sobretudo, porque sabe cozinhar arroz com atum, um prato muito popular da gastronomia de Cabo Verde que ela apresentou há semanas no programa da Cristina Ferreira na SIC.


Cristas é uma gracinha, disse em Fevereiro numa entrevista à Voz da Galícia que está preparada para assumir a liderança do país e, mais disse, que mantém a  esperança de que haja uma mudança política no país e que está "preparada para ser primeira-ministra, e também para fazer pactos com o PSD, como já aconteceu no passado, mas jamais com António Costa". Para tal ainda terá muito que “pedalar” para, com os seus 8% que lhe dão as sondagens, o conseguir. Nem Paulo Portas, com quem discordei e discordo apesar de o considerar um hábil político, o conseguiu ao longo dos anos. Para Cristas só se for um milagre. Pense talvez numa peregrinação a um lugar de culto religioso.


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Continuando com Assunção Cristas é de salientar a hipocrisia e falta de memória propositada que, por vezes, a assaltam. Em abril do ano passado quando falava sobre a Lei do Arrendamento Urbano mais conhecida por lei das rendas ou lei Cristas defendeu-se passando culpas para isto e para aquilo. Primeiro disse que “Leis perfeitas não existem”. Bem me parecia, por isso é que as fazem com buracos para possibilitar tudo. E não sabíamos que ela resolveu o grande problema da cidade de uma Lisboa envelhecida onde havia “um centro histórico desabitado em que não havia vida”. Ficamos esclarecidos: foi graças a ela que tudo mudou.


O mais risível foi que apesar de em 2012 a Lei Cristas, chamada lei dos despejos, fez disparar as rendas e os despejos, desrespeitou, afligiu inquilinos, desestabilizou e descredibilizou o arrendamento ela venha agora afirmar que a lei ficou «equilibrada e protegeu situações de maior fragilidade económica e social», principalmente, tendo em conta as circunstâncias em que foi negociada. Recorda culpando a troika porque «não queria ouvir falar nem de velhinhos nem de carência económica. O que queria era passar logo para o regime liberalizado», e que a lei foi decidida em situações de difícil negociação e «assinado pelo PS explicou, reforçando que a medida estava inscrita no memorando da troika». Percebemos: quem estava nas negociações era apenas o PS, o PSD e o CDS não estavam lá – talvez de férias – e que Passos Coelho nunca disse que tínhamos de ir para além da troika.


A cabeça de Assunção Cristas com as eleições a aproximarem-se a passos largos arrisca-se na fuga para a frente na procura de caos e casinhos tudo o que, mesmo sem interesse lhe sirva para fazer oposição e atacar o Governo e, sobretudo, António Costa que para ela é uma sombra de terror face á sua inteligência e habilidade política, coisas de que Cristas tem défice comparativo. Por outro lado, Cristas não aprendeu nada com a habilidade política de Paulo Portas e, por isso, tem ainda muito que se esforçar apesar de dizer que está preparada para assumir a liderança do país.


De facto, só para rir de tanta anedota.

Casos ao acaso


  1. O grande líder


Entre 2014 e 2017 o número total de professores no ensino público passou de 120.784 para 125.493, atualmente serão mais. Os votos destas centenas de milhar de professores são apetecíveis para os partidos, nomeadamente os que explicita ou implicitamente apoiam as greves e exigem aumento de regalias e de salários sob o pretexto de contagens de tempo de serviço e de carreiras cujo corte não foi da responsabilidade deste governo.


A Fenprof, correia de transmissão do PCP para os professores, através do grande educador do professorado, Mário Nogueira, tenta ser o motor do descontentamento na perspetiva da obtenção de dividendo eleitorais. A direita, por sua vez, lá vai tomando uma posição ambígua sabendo de antemão que as reivindicações prejudicariam as finanças públicas e, consequentemente, todos nós.




  1. Enfermeiros e Garcia Pereira


Parece ter surgidos uma espécie de santa aliança entre Garcia Pereira, alguns sindicatos de enfermeiros e a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rica Cavaco do PSD. Garcia Pereira advogado do Sindepor, não afeto à CGTP, vestiu-se de branco e participou no desfile da marcha dos enfermeiros. O advogado Garcia Pereira, agora no papel de advogado especialista em lei do trabalho e sócio da firma Garcia Pereira e Associados-Sociedade de Advogados voltou aos seus velhos tempos de revolucionário, de protestos e ao tempo da metáfora  “Morte aos Traidores”. Voltou à sua linguagem inflamada dos velhos tempos de quando era líder do PCTP/MRPP. Após o 25 de abril foi o partido da extrema-esquerda mais “amigo” da direita por, na altura, atacar a esquerda. Entretanto nada mudou, a sua coerência mantém-se, como no passado, faz o jogo da direita, agora apresentando-se como defensor dos enfermeiros aliado à bastonária que faz oposição ao governo e propaganda partidária pelo PSD, manipulando-os através da ordem.


O regresso de Garcia Pereira à ribalta da comunicação social surge no momento do governo de Costa apoiado pelo arqui-inimigo do MRPP, o PCP, e pelo BE. Durante o governo da direita raramente o ouvimos falar ou a comunicação não lhe terá dado muita voz.


Será que a bastonária da ordem dos enfermeiros irá deixar o PSD e vai passar a militar num MRPP renovado (sarcasmos!)?


Para terminar, a autodenominada marcha dos enfermeiros paga pela ordem está ou não vista como oposição ao governo? Aqui está a prova! Mais dinheiro a tentar que Portugal volte ao antigamente. Isto ajuda a direita ou não?




  1. O Ferraz


Ferraz da Costa o antigo Presidente da CIP – Confederação Industrial de 1981 a 2001 é, atualmente, Presidente do Fórum para a Competitividade, fórum independente focado na melhoria da competitividade externa da economia portuguesa deu uma entrevista ao “jornal i” fez várias afirmações que não espanta quem já o ouviu pronunciar-se várias vezes.


Homem demasiado conservador em tempos um duvidoso democrata que roçou a direita mais radical e sempre foi defensor da exploração da mão de obra. Na entrevista que deu, e agora chamem-me o que quiserem, estou em acordo com ele em alguns, embora poucos, pontos de vista que se relacionam com a ausência de uma regulamentação da lei da greve para que não sejam propícias a serem manipuladas por questões políticas e não só por questões laborais e surjam fenómenos novos como o do crowdfunding. A greve dos enfermeiros e também a dos professores podem ser claramente greves manipuladas com finalidades políticas.


Ferraz da Costa disse ainda que os professores em Portugal "são dos mais bem pagos ou os segundos mais bem pagos em paridade de poder de compra da União Europeia" o Correio da Manhã acrescenta que a declaração é desmentida pelo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) Education at a Glance 2018. Consultei o relatório e verifiquei que Portugal se encontra ao nível de países ricos como a Suécia e a Noruega e próximo do Reino Unido (pág. 369 e seguintes).


Ferraz da Costa acrescenta que: "Não estou a dizer que os salários devem ser altos ou baixos. Acho que para muitas pessoas até são mais altos do que deviam, pois não deviam ser tão altos para os que apresentam maior absentismo ou para os que não se importam com o que se passa ou para os que ficaram em casa.".


Não concorda com o funcionamento da função pública e critica as semanas de 35 horas acusa dizendo que "Toda a gente critica essa medida e não é só as 35 horas semanais. Os funcionários públicos também têm direito a ter reforma mais cedo, trabalham menos anos, menos horas, têm mais feriados e contam com sistemas de avaliação mais ligeiros". "E porquê se trabalham menos horas? É só por questões eleitorais".




  1. O pequenino CDS


O pequenino CDS tem ambições de ser o partido em que Cristas diz estra preparada para governar Portugal. Anda tão ativo na procura aqui e ali de casinhos através dos seus legalmente infiltrados nas autarquias e, para parecer maior, lança agora a grande ideia de querer fazer de Lisboa a Cidade do Mar.


Segundo o jornal Público “a ideia já constava no programa com que Assunção Cristas se candidatou à câmara de Lisboa: "criar uma 'Cidade do Mar', juntando conhecimento e empresas no mesmo espaço de forma a potenciar o desenvolvimento do cluster da Economia Azul". O que está por detrás disto leva a desconfiar que haverá à volta da proposta interesses outros porque, ainda segundo o Público, “a proposta dos centristas pretende requalificar a zona envolvente à Doca de Pedrouços para ali criar um polo empresarial, científico e tecnológico ligado ao mar, que permita a instalação de empresas, organizações e associações, nacionais e internacionais.”.


Quando estava no Governo a apoiar o PSD as ideias eram escassas e apenas num sentido: cortar e prejudicar o cidadão indefeso tal como a chamada lei Cristas, e, ligado ao mar, recordo-me apenas do caso de corrupção dos submarinos em que Paulo Portas terá estado envolvido e que, como de costume, não deu em nada, apenas arquivo, ao contrário do que aconteceu na Alemanha.




  1. Partido Chega


Os partidos de direita todos eles dizem ser de centro direita. Até o partido do líder xenófobo e racista o diz. Chega, chega, mas é para lá…


O Chega, de André Ventura vai coligar-se com o Democracia 21 para as eleições europeias. As declarações públicas de André Ventura contrastam com a declaração de princípios do seu partido.


O que ele escreve


Rejeição clara e assertiva de todas as formas de racismo, xenofobia e de qualquer forma de discriminação contrária aos valores fundamentais constantes da Declaração Universal dos Direitos do Homem


O que ele diz


Quando digo que somos tolerantes com algumas minorias, refiro-me a certos casos em que manifestamente a lei não é cumprida. A verdadeira discriminação é permitir que alguns não cumpram a lei, em detrimento daqueles que vivem com as regras do Estado de Direito.


O que defendo na verdade é que a designação de casamento fique reservada à questão homem-mulher. O que defendo é que as pessoas do mesmo sexo possam ter uma união civil com os mesmos direitos.


A imigração oriunda de certas partes do globo tem de ser mais controlada – há um risco maior de pessoas que vêm da Síria ou do Iraque do que de pessoas que vêm da Venezuela ou da Bolívia. Pode ler mais aqui.


O partido Chega entregou assinaturas irregulares e de menores no Tribunal Constitucional.


O nome do partido faz-me recordar uma canção cantada por Beatriz Costa no filme português a Canção de Lisboa da qual aqui faço uma adaptação.



Ai chega, chega, chega

Chega, chega já me chega

Afasta, afasta, afasta

Afasta o teu partido,

Ó tu, não sejas trafulha

Ó lindo vai, mas é para o teu quintal!

Temas à solta II

Hoje vou começar com uma parte da letra da cantiga “Vamos prá festa” de um tal Gilberto Amaral que inicia assim:


Ora vira, vira, vira


Ora vira sem parar (bis)


Quantas volta dá a vida


Onde eu hei de te encontrar (bis)


Me diz de lá, ó cara linda


Onde é que tens andado


O que fazes nesta vida


Não me importa o passado



Esta letra conduziu-me ao percurso das narrativas de alguns políticos que dizem ser grandes defensores da democracia e fazem oposição com críticas ao desbarato para caça ao voto a qualquer preço.


Os versos são representativos das trocas e baldrocas que certos deputados da direita fazem e as voltas que dão com as palavras para dizerem aquilo que gostariam que fosse, mas que, afinal, não é.


Veja-se o caso de Paulo Rangel e o seu apoio a Viktor Orbán a que já me referi no “post” Temas à solta I. Aquele apoio foi objeto de discussões opinativas plenas de riqueza de conteúdo filosófico que a maioria dos portugueses não lê, e, provavelmente, nem entende, devido à existência de uma multiplicidade de elementos que estabelecem relações intrincadas no plano filosófico que podem ler aqui e aqui.


A mim interessa-me mais o cerne da questão que foi, de forma bastante clara, tratado num artigo de opinião por Rui Tavares no jornal Público do qual passo a citar uma parte. Apesar de a orientação político e ideológica de Rui Tavares não ser coincidente com a minha reconheço-lhe, todavia, o seu valor enquanto cronista, investigador e historiador. Escreve então Rui Tavares:


A semana passada Paulo Rangel escreveu uma crónica sobre a “democracia iliberal”, a propósito da Venezuela, referenciando como antecedentes da tendência de autoritarismo e desmantelamento do estado de direito o líder russo Putin e o turco Erdogan. Adivinhem quem não era mencionado uma única vez sequer? Viktor Orbán da Hungria, nem mais nem menos do que o inventor da expressão “democracia iliberal” e orgulhoso precursor do movimento.


Mas esta semana Paulo Rangel dedica toda uma crónica a uma "Declaração para memória passada, presente e futura” a explicar como assumiu sempre, “sem tibieza”, posições críticas de Viktor Orbán.


O que aconteceu entre uma crónica e outra? Um grupo de partidos escandinavos e do Benelux iniciou procedimentos para votar a expulsão do Fidesz de Orbán do Partido Popular Europeu de que PSD e CDS fazem parte, o calendário faz com que essa possível expulsão tenha de ser debatida a 20 deste mês, até o CDS ultrapassou o PSD juntando-se ao grupo de partidos que pedem a expulsão de Orbán, e a aproximação das eleições europeias aconselha a que tudo seja resolvido rapidamente, aumentando fortemente a possibilidade de que o PPE se desfaça de Orbán a dois meses de ir a votos — mas quase uma década depois de ele ter começado a destruir o Estado de Direito húngaro. São estes acontecimentos que se interpõem entre uma crónica em que Rangel faz uma genealogia da “democracia iliberal” dela omitindo extraordinariamente Orbán e outra em que alegadamente documenta uma oposição de sempre a Orbán”. Pode continuar a ler aqui.


Sobre os que dizem que não são, mas que são, ou vice-versa, encontramos mais uma vez Paulo Rangel nas bocas, se não do mundo, pelo menos na dos que escrevem opinião. Desta vez é João Miguel Tavares no jornal Público que escreve sobre o que Rangel diz que é, mas que afinal não é: “A sério, isto começa a ser ridículo: a quantidade de gente que pertence ao PSD que faz questão de dizer que não é de direita é totalmente absurda, e mostra bem o desequilíbrio do sistema político português e o complexo salazarista que ainda paira na cabeça da direita-que-não-o-é. Desta vez a negação coube a Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às eleições europeias. Vinha na primeira página do Expresso: “Nunca disse que era de direita.” Lá dentro, as explicações: “Posso garantir que nunca disse que era de direita, mas do centro ou centro-direita. E com posições sociais muito fortes, muitas vezes a chegar ao centro-esquerda em algumas matérias.”


Enfim, quanto ao cabeça de lista às eleições europeias pelo PSD que é Paulo Rangel estamos conversados, é o vira, que vira, vira sem parar.


Ia ficar por aqui, mas recuperei ainda da minha memória recente o caso de Cecília Meireles do CDS, em novembro de 2018, a quem causou estranheza o anúncio do facto Portugal pagar até ao final do ano a totalidade da dívida de 4,6 mil milhões de euros ao FMI, não o nega, mas acrescenta que o Estado o que ia fazer era “trocar a dívida”, isto é, “paga ao FMI e endivida-se noutras entidades a juros inferiores”. Mas esperem aí! Desculpem a minha ignorância! Não sabia que isso era mau. Então se estou a pagar juros mais elevado por determinado valor pedido e posso passar a pagar menos de juros pela mesma totalidade da dívida e pedir dinheiro a juros mais baixos para o mesmo empréstimo estou a engar-me a mim e aos outros? Expliquem-me com desenhos.


Mais uma vez, é “o vira, que vira, vira sem parar…”

As lições de Ressabiado Silva

O nome próprio “Ressabiado” não existe, é ficcionado. Tal nome próprio nunca terá sido posto a ninguém, a não ser como alcunha. Já viram com...