Política

Casos ao acaso de Assunção Cristas

Assunção Cristas_2

Vou dedicar este tema a Assunção Cristas, líder do CDS/PP porque lhe acho graça, faz-me rir e, sobretudo, porque sabe cozinhar arroz com atum, um prato muito popular da gastronomia de Cabo Verde que ela apresentou há semanas no programa da Cristina Ferreira na SIC.


Cristas é uma gracinha, disse em Fevereiro numa entrevista à Voz da Galícia que está preparada para assumir a liderança do país e, mais disse, que mantém a  esperança de que haja uma mudança política no país e que está "preparada para ser primeira-ministra, e também para fazer pactos com o PSD, como já aconteceu no passado, mas jamais com António Costa". Para tal ainda terá muito que “pedalar” para, com os seus 8% que lhe dão as sondagens, o conseguir. Nem Paulo Portas, com quem discordei e discordo apesar de o considerar um hábil político, o conseguiu ao longo dos anos. Para Cristas só se for um milagre. Pense talvez numa peregrinação a um lugar de culto religioso.


Assunção Cristas_3


Continuando com Assunção Cristas é de salientar a hipocrisia e falta de memória propositada que, por vezes, a assaltam. Em abril do ano passado quando falava sobre a Lei do Arrendamento Urbano mais conhecida por lei das rendas ou lei Cristas defendeu-se passando culpas para isto e para aquilo. Primeiro disse que “Leis perfeitas não existem”. Bem me parecia, por isso é que as fazem com buracos para possibilitar tudo. E não sabíamos que ela resolveu o grande problema da cidade de uma Lisboa envelhecida onde havia “um centro histórico desabitado em que não havia vida”. Ficamos esclarecidos: foi graças a ela que tudo mudou.


O mais risível foi que apesar de em 2012 a Lei Cristas, chamada lei dos despejos, fez disparar as rendas e os despejos, desrespeitou, afligiu inquilinos, desestabilizou e descredibilizou o arrendamento ela venha agora afirmar que a lei ficou «equilibrada e protegeu situações de maior fragilidade económica e social», principalmente, tendo em conta as circunstâncias em que foi negociada. Recorda culpando a troika porque «não queria ouvir falar nem de velhinhos nem de carência económica. O que queria era passar logo para o regime liberalizado», e que a lei foi decidida em situações de difícil negociação e «assinado pelo PS explicou, reforçando que a medida estava inscrita no memorando da troika». Percebemos: quem estava nas negociações era apenas o PS, o PSD e o CDS não estavam lá – talvez de férias – e que Passos Coelho nunca disse que tínhamos de ir para além da troika.


A cabeça de Assunção Cristas com as eleições a aproximarem-se a passos largos arrisca-se na fuga para a frente na procura de caos e casinhos tudo o que, mesmo sem interesse lhe sirva para fazer oposição e atacar o Governo e, sobretudo, António Costa que para ela é uma sombra de terror face á sua inteligência e habilidade política, coisas de que Cristas tem défice comparativo. Por outro lado, Cristas não aprendeu nada com a habilidade política de Paulo Portas e, por isso, tem ainda muito que se esforçar apesar de dizer que está preparada para assumir a liderança do país.


De facto, só para rir de tanta anedota.

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