No país das maravilhas da
imigração de portas escancaradas
Escrever em Portugal a propósito da imigração
excessiva está a tornar-se um tema quase proibitivo desde que não seja para elogiar
o excesso de entrada de gente com o já gasto argumento das vantagens que traz
para a economia e para a demografia. Quem discordar desta tese fica com o
estigma de racista e de xenófobo e, na pior das hipóteses, considerado discurso
de ódio.
De facto, escrever nesta altura eleitoral sobre imigração
de portas escancaradas pode influenciar indeciso ou eleitores ainda pouco esclarecido
sobre alguns partidos radicais como o CHEGA ou ainda pior. Não é essa a minha
intenção. Contudo, é um tema que mereceria ser discutido sem preconceitos e com
verdade objetiva pelos partidos democráticos e o modo como deverá ser feito o
controle para bem dos que cá estão e dos que cá entram para trabalhar, repito,
para trabalhar, de modo a desmitificar os Andrés Venturas que por aí andam.
Mas, continuemos, em fevereiro de 2024 uma reportagem numa
revista escrevia que “Setores como o turismo, a agricultura ou as pescas não
sobrevivem sem mão de obra estrangeira, à falta de alternativas nacionais.”, e
que “Os imigrantes são já 7,5% da população, ajudam a equilibrar as contas da
Segurança Social e são economicamente produtivos, trazendo um contributo
positivo para a riqueza do País.”.
Portugal é o melhor dos mundos para a imigração, sem
esquecer o turismo de massas que invade Portugal, mas este será para outra ocasião.
Dizem nessa reportagem que vêm à procura do seu pedaço
de sol e que sem a mão de obra do Nepal, Índia e Tailândia, quase não haveria
agricultura; sem a da Indonésia, a nossa capacidade de pesca ficaria muito
reduzida e, sem a do Brasil, a maioria da restauração fecharia. Enfim ao logo
de cinquenta anos de governações de esquerda e de direita foi o que se
conseguiu tornamo-nos dependentes de pessoas do antigamente designado terceiro
mundo, ou melhor, países em desenvolvimento ou economias emergentes como designação
que procura refletir de forma mais precisa as singularidades e os processos de fraco
crescimento económico e social vividos por essas nações onde governantes
corruptos e exploradores do povo dominam.
Fala-se muito da perceção que a população tem da
imigração, mas a perceção é uma coisa e a observação é outra. A perceção
é o modo como interpretamos as informações captadas pelos nossos sentidos e é um
processo subjetivo que está influenciado por crenças, valores, experiências e
emoções individuais de cada um de nós e pode ser moldada por preconceitos e
estereótipos levando a conclusões nem sempre baseadas na realidade objetiva.
Noutra perspetiva pela observação
os dados são recolhidos de maneira objetiva e sistemática. Envolve prestar
atenção aos detalhes e registar informações de maneira imparcial, deixando de
fora apreciações e opiniões pessoais que possa interferir no processo. Procura
factos verificáveis e mensuráveis o que permite uma análise mais precisa e
fundamentada da realidade. É sobretudo nesta última que me baseio para os
comentários que pronuncio sobre o tema.
Deslocando-me por algumas artérias
da cidade de Lisboa o meu olhar centra-se nas suas características pessoais
exteriores da população que as frequenta. A observação diz-me que, em muitos locais
de Lisboa, as características europeias incluindo Portugal começam a ser raras
e que a dominância pertence subcontinente indiano, do Sul da Ásia onde se
situam a Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão. Para além destes, mas em
menor número observamos africanos.
Antes de continuar preciso
esclarecer que não sou racista nem xenófobo tento apenas observar a realidade
que nos quiseram impor, especialmente a partir do Governo de António Costa.
Tentando tirar fotografias
captadas pela memória quem diz que todas estas pessoas estão em Portugal, neste
caso em Lisboa, para trabalhar podem estra equivocadas.
Fora das horas de intervalo do
trabalho quem percorre alguns locais de Lisboa vê esplanadas ocupadas com asiáticos,
grupos sentados em muros, passeando pelas ruas, aparentemente desocupados, ocupando
bancos dos jardins e praças pública. Dizem-nos as notícias que se encontram a
trabalhar e que Portugal precisa deles.
Deslocam-se de chinelas, sem as
regras mínimas de higiene, os locais por ondem passam encontram-se cheios de
lixo espalhado e as ruas emporcalhadas. Cadeiras à beira das casas onde se sentam
tardes inteiras falando ao telemóvel. O que fazem estas pessoas em Lisboa e
talvez noutros locais de Portugal? De que rendimentos vivem? Onde e como moram
e quem lhes paga o aluguer? E as lojas e lojinhas que proliferam por todo o
lado umas ao lado das outras onde no espaço interior se encontram camaratas de
alojamentos destas pessoas que vivem sem dignidade.? Quem lhe possibilita a
entrada sem controle quem os leva a esta situação? Os governantes falam, falam,
mas nada fazem para evitar e reduzir estas situações desumanas autorizadas
complacentemente.
Os centros de saúde sobrecarregados,
sobretudo pelas suas mulheres, que, diria, talvez suas escravas, a quem fazem
filhos para receberem subsídios.
Podem aparecer comentadores ou
quem quer que seja perorar sobre os imigrantes bem-vindos salientando os seus benefícios
que não apagam os argumentos contra a imigração que não podem ser ignorados.
Um dos principais argumentos é a
pressão sobre os serviços públicos e infraestruturas. O aumento da população
pode levar a uma maior procura por saúde, educação e habitação, o que pode
resultar em sobrecarga dos serviços existentes e deterioração da qualidade.
O impacto no mercado de trabalho
da imigração pode levar à saturação aumentando a concorrência por empregos e
pressionando os salários para baixo, especialmente em setores onde os
imigrantes predominam.
Ora aqui encontramos outro ponto que é o de imigrantes a ultrapassarem o número
de portugueses sem abrigo e a viver nas ruas conforme relata uma reportagem
publicada da revista Visão. Meia dúzia serão portugueses o resto são
nepaleses, indianos e ainda muitos marroquinos, não sabemos quantos serão os do
Bangladesh.
A visibilidade de imigrantes em
espaços públicos, a maior parte deste país pode ser influenciada por hábitos
culturais e necessidades económicas. Assim, se os imigrantes do Bangladesh
tendem a reunir-se em espaços públicos ou a gerir pequenas empresas que exigem
que sejam visíveis, pode parecer que estão mais presentes nessas áreas.
Há uma diferença entre os tipos
de imigrantes consoante os países de origem. Enquanto muitos imigrantes
africanos podem estar envolvidos em trabalho manual como o de construção ou em
fábricas, por exemplo, os imigrantes do Bangladesh ou do Paquistão podem
encontrar oportunidades em pequenas empresas por eles criadas, o que não vem resolver
o problema de mão de obra que escasseia em alguns setores.
A chegada de grandes grupos de
imigrantes tem alterado o tecido social da comunidade, sobretudo em Lisboa, levando
a choques culturais e possíveis tensões entre os residentes locais e os
recém-chegados que não se compadece com a convivência pacífica entre diferentes
culturas que se torna num desafio constante.
É uma evidência que nem todos vêm
ocupar postos de trabalho com dificuldades de mão de obra, mas sim estabelecerem-se
por conta própria com negócios que à observação podem ser claros, mas que poderão
esconder outros menos claros. Quantas lojinhas abertas ao público não
esconderão no seu interior uma exploração de pessoas que pagam rendas para
poderem pernoitar?
Não menos importante é a
soberania e o controle das fronteiras que se relaciona com a capacidade de um
país para controlar quem entra e sai do seu território que é vista como um
elemento essencial da soberania nacional, se tal não for feito a imigração
incontrolada pode levar à perceção, aqui sim, de uma ameaça a soberania.
Posto isto é importante abordar o
tema da imigração com uma visão equilibrada e humanitária. Não basta reconhecer
as contribuições dos imigrantes e necessário encontrar soluções para os
desafios que surgem, mesmo que daí resulta o repatriamento dos indesejados e
dos não necessários para o país.
Se os imigrantes garantem
mão-de-obra e atenuam o envelhecimento do país, e se isto parece ser
importante, por outro lado estamos a seguir e a ajudar a demonstrar a tese dos
que defendem estar a haver uma lei da substituição e uma islamização de
Portugal como já acontece na Europa em que os seus “naturais” podem estar em
risco de extinção sendo substituídos por outras gentes de outras culturas,
hábitos e religiões.
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