Há políticos que raramente dizem a verdade, sobretudo
em tempo de campanhas eleitorais. Preferem falar em hipotéticas promessas com narrativas
próximas da ficção. Isto porque a ficção pode ser mais simples de assimilar
pelos potenciais eleitores, enquanto a verdade é tendencialmente complicada
porque a realidade que a representa é também complicada. É mais fácil convencerem-se
os eleitores de que tudo será simples e fácil com demagogia plena de ficção do
que dizerem a verdade porque esta é, por vezes, dolorosa e perturbadora e se a tornam
mais reconfortante e suavizadora deixa de ser verdade. Assim, um discurso mais
ficcional é mais irrealista, maleável e demagógico e sem qualquer sustentabilidade
com a realidade é mais produtivo para a captação de votos. Daqui a necessidade
duma análise atenta às suas intervenções.
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