Um artigo de opinião é um texto em que se expressa uma opinião pessoal, tipicamente polémica ou provocadora, sobre um assunto ou notícia em particular. Isto é, um texto em que um autor emite opinião sobre uma determinada temática de interesse atual e que pode gerar polémicas. Sendo um texto dissertativo e argumentativo, o seu autor deve expor sua opinião, sustentá-la por meio de informações que sejam admissíveis e citando fontes credíveis.
Esse tipo de texto normalmente é visto e acompanhado de uma grande polémica em jornais, revistas, TV, blogs, entre outros, de forma que espectadores e leitores poderão criar as suas opiniões com base na argumentação do autor.
Neste contexto é frequente vermos nas redes sociais, em blogs e em jornais online artigos que são apenas opiniões de quem os escreve, cujos comentários que lhes são dirigidos denunciam as limitações argumentativas e confrangedoras de quem os faz e, não raras vezes, deparamo-nos com imbecilidades, algumas até ofensivas, dirigidas aos artigos e aos seus autores. É mais do que evidente que a limitação intelectual, cultural e de valores de quem escreve tais comentários leva-os numa fuga para a frente pela ausência de argumentos quer por incompetência, que por incapacidade e falta de bases pelo que se refugiam numa linguagem ofensiva que reveladora de rancor do mais baixo nível.
É evidente que essas vespas que picam aqui e ali escrevendo tal tipo de comentários não sabem o que são artigos de opinião. Leem, não gostam, não concordam e, de imediato, escrevem comentários reveladores da sua incapacidade comunicativa e argumentativa. Algumas vezes até, ao serem confrontados com outros pontos de vista sobre a mesma realidade rejeitam-nos através do comentário com linguagem soez. São os comentadores enfurecidos ou comentadores do nada.
Encontramos por aí sempre alguém que se imagina uma sumidade na avaliação das opiniões de terceiros e extrapola essa sua avaliação como se ela fosse a do universo de todos os leitores. Não lhes interessa o debate e o confronto de ideias, não lhes o interessa o debate político, interessa--lhes a luta pelos interesses pessoais e unilaterais. É, por isso, que, quando comentam o fazem com raiva, com sarcasmo, com estupidez. Fraqueza de espírito essa!
O raciocínio que está por detrás desses comentários, se é que há neles qualquer espécie de raciocínio, é o de que as suas ideias sobre um assunto são únicas e verdadeiras, isto é, uma espécie de verdades absolutas, sectaristas. O preocupante é que muitos desses comentários poderão vir de pessoas cujo perfil não é o que aqui apresento, o que é ainda mais lamentável.
A propósito, Pacheco Pereira, num artigo de opinião no jornal Público, numa critica dirigida a posições do CDS/PP e de João Almeida escreveu em certo momento que “quem é de direita não pode levar em conta qualquer posição que venha das “esquerdas”. Aqui está outra característica actual da política portuguesa: é posicional antes de tudo, vem do inimigo, é má, vem do amigo, é boa. E confunde “ideologia” com aquilo a que os marxistas chamavam “posição de classe”, interesses”.
Uma das posições a tomar sobre comentários destrutivos a artigos que são meramente opiniões, por vezes até pessoais e de circunstância política e que surgem da estupidez aparvalhada e da ignorância demonstrativa de incapacidades várias de quem os faz, é o de não resposta ao comentário.
Escrito este texto apenas aguardo os comentários dos ditos cujos…
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