Há indivíduos que se
dizem apartidários mas que, na eventualidade de um partido fascista de
extrema-direita tomar o poder, estariam nas suas fileiras pagos pelo regime
para trucidar quem fosse pela democracia ou fizesse oposição à ditadura que se
instalasse.
São sempre os mesmo do costume. Os mesmos não, são outros,
mas a porcaria é a mesma, que aproveita o descontentamento de alguns. As
palavras de ordem destes megalomaníacos da politiquice apartidária que afirmam não
ter partido e que agem por conta própria, mas militam em partidos cujo
objetivos já se conhecessem…
Há ambições para tudo e há que começar por algum lado e este
a que me refiro é ambicioso e, confessa que acha mesmo um "ultraje" a forma como
os portugueses estão a ser tratados por este Governo e não esconde estar
"profundamente indignado" com o que tem assistido (tem a ver com as
medidas de emergência tomadas pelo Governo). Este possesso não vê o que se está
a passar por toda a Europa devido à covid-19 metendo a cabeça na areia para depois
a levantar para tecer uma verborreia sobre o caso em Portugal.
Objetivos: nenhuns, apenas protestar. Protesta e diz que
quer manter os protestos fora da esfera partidária é uma questão estratégica. Diz
ser contra os políticos, mas afirma ser militante do Chega. Como muitos outros
que por aí andam diz que agiu sozinho e que as “sociedades estão fartas dos
partidos”. Atente-se bem nesta frase. Não são as pessoas que estão fartas de partidos,
são as sociedades. Abrangeu as sociedades no seu todo e generalizou. Todas estão fartas de partidos. O que podemos inferir
daqui?
Os partidos são parte integrante das democracias, não há
democracias sem partidos, logo, ele, o dito jovem, defende ditaduras para as
sociedades, logo, para Portugal também. Mas se o inflamado jovem militante de
um partido diz estar farto de partidos e de políticos então o que está a fazer
no partido onde milita? Será que apenas o partido dele é que tem validade e do
qual não nos devemos fartar? Estranho pensamento este que garante que agiu
sozinho e que "despiu a camisola" para avançar com esta causa. Qual
causa? A dele ou a do partido dele?
São meninos como este que, para justificarem o seu
desinteresse seguem este que por acaso, (só por caso), é do Chega e está solidário
com os empresários e trabalhadores da restauração porque tem um primo que tem
um hotel, e que “sozinho” "despiu a camisola" e organizou uma
manifestação “apartidária”. São indivíduos como este, os do costume, os necrófagos
das democracias. São indivíduos e jovens como este que, na eventualidade de um
partido fascista ou de extrema-direita tomasse o poder estariam de imediato nas
suas fileiras, pagos pelo regime, para trucidar quem fosse pela democracia ou
fizesse oposição à ditadura que se instalasse.
E cá estou eu a fazer futurologia. Caso se concretizasse, o
que ele, o jovem, tanto anseia, será deixar de haver partidos, e dar lugar à
política que ele diz não querer e vai fazendo críticas aos media: "abaixo
os jornalistas" e de seguida surgem os primeiros pedidos de demissão, que
arrancam pela ministra da Saúde, logo a seguir vem a diretora geral e, no final
é a vez de "Governo para a rua" e de "António Costa, demissão,
demissão". Se os seus pedidos fossem concretizados que é que ele proporia
para um governo, visto que as pessoas estão fartas de políticos e de partidos?
Segundo o Expresso “Há ainda uma confusão no ar sobre o
objetivo do protesto e os jornalistas perguntam qual a relação desta
manifestação com a que, mais abaixo no Rossio, reúne responsáveis da
restauração, hotelaria, turismo e cultura. José Maria chega e vai direto ao
assunto. "Não tenho nada a ver com a “restauração”. Tenho um primo que tem
um hotel, mais nada", diz ao Expresso. "Estou aqui porque estou
chocado com o que se está a passar".”
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